segunda-feira, 29 de março de 2010

O Ilusionista: Review chapa branca


Bom filme de meados dos anos 00, com Edward Norton e o incrivel Paul Giamatti, conta a história de um garoto pobre da moderna Viena do final do sec XIX que se torna amigo de uma pequena duquesa, e é separado dela pela inapropriedade de seu relacionamento.

Resumindo a história, o garoto viaja o mundo e retorna à Viena, agora como Eisenheim, o Ilusionista. Encontra por acaso sua amiga e paixão de infancia em um de seus movimentados números, e com ela retoma contato.

A coisa é que a duquesa, agora uma voluptosa representante da nobreza austro-húngara está prometida ao Principe herdeiro Leopold, um jovem inteligente, perspicaz e um tanto maligno, que supostamente já matara uma concubina, cujo corpo foi encontrado abaixo da sacada de seu quarto. Logo começa a rivalidade entre o prícipe Edward Abramowicz, aka Eisenheim.

História vai e história vem, somos induzidos a crer que o Principe matou a Duquesa, mas que na realidade ela sobrevivera e estava escondida com Norton, enquanto eles planejavam a morte do principe, merecida já que ele tentara matá-la, já que este nunca os deixaria em paz enquanto vivessem.

Eis que no ultima cena, após o sucesso de todo o complô, na epifania do Chief-Investigator Uhl, é nos contada a história real. O principe nunca tentou matar a Duquesa Sophie, e sim foi drogado por ela, e desmaiou no local em que supostamente a atacara. Também, Eisenheim plantou no local do suposto crime duas gemas da espada do principe, que vieram a sua posse em momento anterior quando pegara a espada. Com toda a história impecável, fugiram para algum belo lugar, num campo verde em meio as colinas do sul da austria.

O principe antes disso, diante da acusação de assassinato e da pressão política, já que seus futuros planos como rei, muito progressistas, foram descobertos e nao agradaram a seu pai, se mata diante do inspetor.

Acaba então o filme com o protagonista e sua parceira felizes, o inspetor glorificado pela corajosa postura adotada contra o príncipe, e este, escratinado a todo momento, que nunca matou ninguém, nunca feriu ninguém, e o filme todo só foi acusado de um suposto assassínio (a moça pode muito bem se jogado da sacada), morto, para senso de justiça do espectador.

Agora, eu vos pergunto: isso é certo?

Se o filme tivesse um final moralmente correto, Abramowicz seria preso e executado por conspiração contra a coroa, o justo príncipe se casaria com sua esposa de direito, unificaria o império austro-hungaro e eles viveriam felizes para sempre no Palácio de Hofburg. E tenho dito.

Um comentário:

CassiO disse...

Quer moralismo? Assista "Educação" (An Education). Aí tu vai entender porque ninguém quer saber de moralismo em filme =D