terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Casos Curiosíssimos.

Cientistas, nem sei por onde começar... Desculpe-me a falta de método... Por ordem de tempo talvez deixe as coisas menos obscuras.

Nessa última sexta tive a enorme felicidade de assistir ao filme O Curioso Caso de Benjamin Button (The Curious Case of Benjamin Button, 2008), que para desgosto dos pobres espíritos, faz-se justiça ao indicá-lo para 13 categorias na 81º edição do Oscar da Academia.

Ainda na sala de cinema, eu, de ego muito cheiro, comecei a escutar uns gemidos, uns barulhos sem tipo, o que já me bastaram para acionar o gatilho da curiosidade para descobrir de que diabo de lugar vinha aquele barulho e, claro, chamar a atenção da pessoa que atrabalhava meu filme. Não podia ser outra coisa, foi ali, duas poltronas à esquerda, um homem feito chorava emocionado pelo filme. Fique atônito, paralizado, não fiz nada, além de registrar mentalmnte aquela segunda cena fora da tela, um ser humano emocionado.

O filme que nos coloca para pensar em tantas coisas - morte, velhice, preconceitos, paixões, aprendizagem, valor da imagem -, que, na verdade, reflete uma característica dos bons filmes e textos, são passiveis de várias interpretações, fico, assim, autorizado a escolher uma via para refletir: o romance de pessoas ‘com idades muitos distantes’, claro, que de um modo muito particular isso é mostrado no filme, pois a personagem de Brad Pitt possui, como todos já devem saber, um jeito todo especial de envelhecer.

A Psicologia pode nos apresentar vários modelos para explicar esse tipo de relação confrontando: maturidade com imaturidade; caráter doentio ou mal caratismo e ingenuidade; sobrevivência da espécie e desenvolvimento dos órgãos sexuais, ou paixão; amor a primeira vista; casamentos arranjados e, por que não, tudo junto. A Psicologia é mestra em nos enrolar, mais que a História. Ah! E como isso nos alivia, para tudo ela nos apresenta uma resposta sensatíssima e digna da capa de revista semanal.

E então...

Do bastião do conhecimento brasileiro, a catedral de ciência sub Equador, a USP! Para nos dar, dar a nós, aos mortais , poucas palavras de sabedoria!

Acompanhe o caso:

Quando perguntado pelo jornalista (que são os pregadores do papado da USP) sobre o relacionamento de pessoas de idades muito distintas – um velho e um novo – o doutor em Psicologia pela USP, Ailton Amélio da Silva, diz:

“Como a mulher passa pela menopausa chegará um momento em que não poderá oferecer descendentes. Isso explica o porquê de uma procura por sinais de juventude, o que é bem diferente de buscar sinais de infantilidade! O ápice da juventude feminina representa os 24 anos.

“Além disso, pesquisas mostram que quanto mais atrasada uma cultura, maior é a diferença de idade entre os cônjuges. Na África, a diferença média chega a nove anos e na Europa é quase zero. Para o Brasil são estimulados três anos”

Para apimentar mais a conversa um caso ilustrava a reportagem: Mallu Magalhães, 16 e Marcelo Camelo, 30.

Conclusões que a USP me permite chegar: Marcelo Camelo é doente, pois procura uma parceira imatura ou é mais que africano, é um NEANDERTAL.

UFA! Sorte que inventaram a terceira via! Sempre vou nela!

Conclusão da terceira via: A USP forma doutores em psicologia de péssima qualidade!



Ah... USP, parabéns pelos 75 anos


Ps1: Falar mal de jornalista fica para um próximo post.

Ps2: O jornal que falo é o Jornal da Cidade, Bauru, domingo, 25/01/2009.

Ps3: E olhe que eu nem gosto do Marcelo Camelo e nem da Mallu Magalhães.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Discussões metodológicas acerca da ficção: A Força.

Inauguro com esse post uma série com objetivo de discutir e expor idéias, hipóteses e opiniões sobre diversos bastiões da ficção científica, respeitando-se a metodologia científica nesse processo (ou nem tanto...), inspirado por um glorioso episódio de The Big Bang Theory em que eles discutem à exaustão como o Superman faria pra lavar sua roupa se ele suasse, passando por afirmações de que nada na terra o faria suar, até a hipótese de ele se miniaturizar, ir pra Kandor (a cidade kriptoniana em miniatura), fazer uma sessão de pilates e voltar pra terra suado, terminando com um enérgico 'ah, nao da pra conversar sério com o Sheldon!' por parte de Wolowitz.

E que assunto pra melhor inaugurar essa série que a Força? Comecemos expondo o que sabe-se da Força, segundo o que foi dito ao longo da dupla trilogia de Star Wars:

A Força é uma entidade que está presente em todos os seres viventes no universo. Sua interação com esses seres vivos é exercida por microorganismos chamados midi-chlorians, presentes em todas as células de todos os seres vivos, em concentrações distintas. Assume-se que um Jedi tem uma concentração maior de midi-chlorians que pessoas comuns (segundo o dito pelo jovem obi-wan Kenobi no Episódio I: Ameaça Fantasma, em que ele analisa uma amostra do pequeno Anakin Skywalker e descobre que ele possui mais midi-chlorians que o próprio mestre Yoda), e que eles aprendem, através de rigoroso treinamento e disciplina a ouvir e coordenar essas midi-chlorians. Atribui-se à Força diversos poderes característicos de um Jedi, o qual vamos enumerar aqui:

1- Telecinese. Aqui nessa categoria incluem-se todos os efeitos físicos da força sobre a matéria, pelo mero pensamento: empurrar ou puxar pessoas e objetos, aumentar sua capacidade num pulo ou numa corrida (habilidade controversa: também pode-se considerar que os midi-chlorians aumentem a performance celular para tornar possivel tais movimentos), levitação, enforcar etc.

2- Visão do passado, do presente ou do futuro. Os Jedi são capazes de vislumbrar aconteceimentos passados, saber o que acontece em outros lugares no momento presente e até mesmo saber de acontecimentos futuros. É uma habilidade um tanto quanto instável para os nao tao treinados (como quando Luke vê seus amigos em perigo na cidade das nuvens, no episódio V), mas parte essencial do combate Jedi, em que a capacidade de prever os movimentos de um oponente determina vida ou morte.

3- Habilidades Sensoriais Genéricas: o famoso 'I have bad feeling about this' e o 'I feel a disturbance in the Force'. Aparentemente, um Jedi pode sentir outros Jedi e criaturas, cada uma com uma 'assinatura' diferente, parecido com a capacidade dos personagens do Dragon Ball de sentir o ki alheio. Como exemplos podemos citar o Obi-wan percebendo a destruição de Alderaan no episódio IV e o mestre Yoda sentindo o assassinato dos Jedi no episódio VI.

Bom... isso é tudo que consigo pensar agora, com certeza tem mais coisa que eu deixei passar, fora que a descrição foi bem superficial. Mas acho que ja é o suficiente pra começar a exposição de idéias por aqui. Como eu estou com muita preguiça de elaborar uma nova teoria, vou colocar trechos de um texto do Kentaro Mori, colunista do Sedentário & Hiperativo e do blog Ceticismo Aberto, que sintetiza bem uma teoria: Por que diabos os Jedi, nem cenário faantástico e Futurista, usam SABRES? (tudo bem, são sabres de LUZ, mas continuam sendo uma arma melee). Ao final do texto faço algumas complementações.

"Os Jedi usam espadas porque foram inspirados em samurais, porém entrando de cabeça na lógica do universo de Star Wars podemos encontrar uma razão muito interessante para que cavaleiros Jedi usem espadas ao invés de armas de fogo. Essa razão também explicaria como eles conseguem se desviar ou até rebater tiros de laser que viajam à velocidade luz.

Tudo isto ocorre porque os cavaleiros Jedi têm a capacidade de prever o futuro. Como podem prever o futuro, podem se desviar de tiros antes mesmo que eles sejam disparados, o que lhes dá tempo para calcular uma seqüência de movimentos que permita o desvio de diversos disparos.

Entender como a precognição torna o uso de espadas algo inevitável é um pouco mais complicado. Imagine que você queira matar um Jedi que, lembrando, pode prever o futuro. Como sabemos, atirar nele não seria muito eficaz já que ele saberá quando e onde o tiro será dado, e assim poderá se esquivar ou evitar a emboscada. Mesmo emboscadas elaboradas tornam-se algo um tanto difícil já que embora a precognição Jedi não seja perfeita, é razoavelmente capaz de deixá-lo alerta quanto a alguma ação ofensiva. Matar alguém que pode prever o futuro não é algo muito fácil.

Não seria impossível matar um Jedi através de uma emboscada. Usar a temida Estrela da Morte e explodir um planeta inteiro pode acabar dando conta do recado -- "de repente sinto uma perturbação na Força". Mas se isso pode dar conta de um Jedi, fica claro que seria pouco prático fazer o mesmo em relação a centenas de cavaleiros espalhados por diversos planetas pela Galáxia. Fica a pergunta mórbida: qual a melhor forma de matar Jedis?

Você deve ter adivinhado: usando espadas, através de um combate corpo a corpo. Se o primeiro golpe que dermos pode ser previsto pelo nobre Jedi, o segundo golpe dependerá da reação dele, e assim sucessivamente. Um combate corpo-a-corpo, em que nossos ataques e defesas dependam diretamente dos ataques e defesas do oponente tornam a precognição praticamente inútil. Ela deixa de desempenhar um papel crucial para dar lugar à habilidade dos combatentes: quem for mais ágil e perspicaz eventualmente sucederá em vencer o oponente, por mais que este possa prever o futuro. É incrível, mas a 'simples' capacidade de prever o futuro, nem que seja o futuro imediato, torna obsoleta toda a lógica de combate que conhecemos e nos leva de volta à época feudal, onde a habilidade do guerreiro é o elemento mais importante em um combate. Na lógica Jedi onde a precognição é possível, armas brancas combinadas à habilidade são muito mais importantes que armas de fogo."

Mas como então vários Jedis foram mortos por armas de fogo em Geonosis na arena, ou como os Clone Troopers conseguiram matar quase todos eles, também com armas de fogo, quando foi dada a ordem, voce poderia perguntar. Bem, de nada adianta você conhecer o futuro próximo se você não possui a habilidade suficiente pra evitá-lo (no caso, defletir dezenas de tiros por segundo, completamente cercado, mas ainda passivel de ser evitado com a habilidade adequada), ele for virtualmente inevitável, num cenário em que o desfecho, para todos os cursos de ação, for a morte ou se voce nao fizer o julgamento correto da situação rapido o suficiente.

Também aproveito pra apresentar mais uma teoria em relação à Força. A luta de sabres pra um Jedi, ao meu ver, é igual uma partida de Xadrez: quem conseguir ver mais movimentos à frente tem a vantagem e possivelmente a vitória. Mas, se fosse assim, o Jedi com a maior capacidade preditiva venceria a batalha na maioria das vezes, minimizando a importância da habilidade com o sabre, o que me remete a uma luta num episódio de Yuyu Hakusho: o Yusuke encontra um oni fraco, perto dele, mas com a habilidade de ler a mente, e portanto, saber a intenção do adversário. E na hora da luta, ele olhava para o Yusuke, e tudo o que via era 'vou correr até ele e dar um soco frontal'. Confiante,
esperou o ataque de Yusuke. No entanto, a diferença de poder era tao grande que, mesmo sabendo o que ele ia fazer, nada pode fazer para evitar. Por isso, acredito que uma luta ocorra sempre em 2 planos: a luta fisica dos sabres e um embate metal envolvendo a Força no qual um lutador tenta ofuscar o julgamento do adversário, procurando aumentar suas chances de conseguir o upper hand' na luta.

Resumindo: de nada adianta você saber o movimento do seu adversário se voce nao sabe o que fazer contra ele, e de nada adianta voce ser o melhor lutador se o adversário sabe o que você vai fazer. O sucesso, num duelo Jedi, envolve sua habilidade com o sabre assim como sua capacidade de saber o movimento do adversário assim como ofuscar o julgamento dele.

Ai ai, foi nerdisse demais pra um post só.

Até a próxima!





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sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Propriedade Intelectual

O comentário do Henrique no meu último post me fez lembrar destes ótimos desenhos de Sidney Harris, um gênio entre os cartunistas:


"Você, eu, eles... Nesses dias domos todos propriedade intelectual de alguém."

"Você está indo bem. O único efeito colateral é que parte de você agora é propriedade intelectual minha."

Imagens retiradas do site http://www.sciencecartoonsplus.com/gallery/biology/galbio2d.php

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quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Bio'n'Roll - Um mundo sem petróleo?

O seu informativo biológico - agora com novo endereço!


Para quem não conhece (ou seja, todo mundo), o Bio'n'Roll era minha coluna nada periódica no SWA, outro blog do qual participo e que infelizmente encontra-se inativo. Portanto, na falta de criatividade para criar uma coluna diferente, exportei o Bio'n'Roll pra cá hehehe


Quem se interessar, os outros posts do antigo Bio'n'Roll são esses, em ordem de postagem:

O Mundo Corrompido das Planárias

Tiranossauro - Predador ou Carniceiro?

MACONHA!!!

Tirando a Água do Joelho

Mas vamos ao post, com os clássicos comentários em parênteses! E nada de gramática nova para bajular leitor fresco =D

"Um mundo sem petróleo?"

Nossa sociedade, durante os últimos tempos, tem sido construída por e sob o que chamamos de recursos naturais não-renováveis (além é claro de questões sociais cruciais, como o que a cantora da moda comeu no café da manhã e quem é o ganhador do último reality show). Dentre estes, o petróleo certamente se destaca, sendo o chamado "ouro negro" de vários países.

Formado pela decomposição de matéria orgânica, ou seja, restos de vegetais, algas e animais marinhos, processo que dura milhões de anos, o petróleo e seus derivados têm fornecido à humanidade a energia e matéria prima necessárias para impulsionar seu crescimento tecnológico (e a indústria de sorvetes: http://media.ebaumsworld.com/picture/kb2o/WIN_Fossil-Fuel-Open.jpg). Contudo, embora tenha trazido muitos benefícios (garrafas pet para as tubaínas entre eles), o petróleo e sua exploração trouxeram consigo um rastro de guerras e poluição jamais visto pelo homem. E ele está se esgotando.

Plásticos, combustíveis, solventes, (sorvetes). Energia. Tudo isso é resultado do processamento do petróleo. Como, então, a humanidade há de sobreviver quando ele se esgotar?

No tocante aos combustíveis, já se tem um provável substituto: o álcool (combustível para automóveis, não para noitadas!). Seja vindo do milho ou da cana de açúcar, este composto tem sido cada vez mais estudado e produzido, tudo em busca de uma forma de suplantar a gasolina que tanto fará falta aos automóveis quando o petróleo se esgotar. Porém, nossa amiga cana agora não servirá somente para abastecer nossos automóveis (e corações partidos por entre dos botecos da vida). Ela agora também haverá de substituir o petróleo em outro processo: a fabricação do plástico.

Quem nos conta é o site http://www.udop.com.br/:

"Açúcares, álcoois e ácidos graxos são materiais facilmente relacionáveis a áreas como nutrição e alimentação. Mas o Dr. Thore Rohwerder, da Universidade de Duisburg-Essen, na Alemanha, pretende colocar esses biomateriais na agenda da indústria de plásticos.

Plásticos biotecnológicos

Ele e sua equipe descobriram uma enzima que pode ser utilizada como um precursor biotecnológico - uma matéria-prima intermediária de origem biológica - para a fabricação do polimetil metacrilato, mais conhecido como acrílico.

Em comparação com os processos atuais adotados pela indústria química, a nova rota biotecnológica é muito mais ambientalmente benigna.

Descoberta revolucionária

A nova enzima, chamada mutase 2-hidroxi-isobutiril-CoA torna possível transformar uma estrutura linear de carbono C4 em uma estrutura precursora do acrílico. Hoje a indústria utiliza compostos derivados do petróleo.

Mas o aspecto realmente revolucionário da descoberta é que a nova enzima, integrada metabolicamente em microorganismos apropriados, pode também transformar açúcares e outros compostos naturais nesse composto intermediário necessário à produção do acrílico e outros tipos de plásticos.

Até hoje, a única forma de produzir esses compostos precursores era através de processos puramente químicos baseados em matérias-primas petroquímicas.

Planta piloto

Os pesquisadores esperam conquistar uma fatia de pelo menos 10 por cento da produção mundial de acrílico, estimado em 3 milhões de toneladas anuais.

Antes disso, porém, eles terão que adaptar o processo biotecnológico, levando-o do laboratório para a escala industrial. Uma planta piloto foi montada para essa tarefa, e o trabalho deverá estar concluído em cerca de três anos."

(Como diria um amigo meu, a neve impede os europeus de viver. Por isso só lhes sobra estudar, e acabam por descobrir as coisas mesmo!)

Com tal avanço, será possível a humanidade suplantar o petróleo? Talvez.

Mas (sempre tem um "mas"), temos as consequências!

A moda de uns meses atrás era o biocombustível. Ele seria misturado ao combustível convencional, de forma a diminuir o uso do petróleo. Porém, segundo estimativas, se o país passasse a usar 5% de biocombustível misturado ao seu combustível, as culturas de cana atuais não seriam suficientes para abastecer o mercado (temos botecos demais para abastecer). Somando a isso a demanda para a indústria açucareira e a possível utilização como matéria prima para a produção de acrílico, a produção seria mais do que insuficiente (bye bye, florestas).

É um dilema e tanto. O país tem o clima e as terras necessárias para a plantação de cana . Mas elas seriam (como sempre se é aqui) propriedades de poucos, construídas às custas do que resta de vegetação nativa. Não acredito que valeria a pena sacrificar tudo isso em prol de uma medida paliativa de crescimento econômico.

E você, leitor?

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terça-feira, 13 de janeiro de 2009

'Um pessoal que nasceu pra vida'


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Crédito a um amigo apelidado de Abelardo, alguns segundos que tão valendo a pena...

domingo, 11 de janeiro de 2009

Nerdisse pouca é bobagem

Bom, depois de terminada todas essa jornada etílica (apenas formalmente... o que acabou foram os grandes eventos, o que mantém ainda as bebedeiras habituais), é hora de exercermos outro aspecto fundamental de nossa personalidade e um dos alicerces de nossa grande amizade: a cultura nerd.

Trilobita, Copia e Animus Adjuvanti em uma tarde de verão. Der Praktischer estava ocupado com uma senhorita no momento em que essa foto foi tirada.


Não que sejamos absurdamente nerds, ou mesmo nerds de fato (não quero assumir o rótulo, sendo que posteriormente vou citar essa hype nerd.. vai soar como 'era nerd antes de virar modinha' e isso é o que eu menos quero na vida, em qualquer aspecto). Cada um de nós o somos em alguns de nossos aspectos individuais: um gosta de quadrinhos, outro de filmes alternativos, alguns manjam muito de software e hardware, e um sujeito tem uma séria atração por mulheres de óculos. Mas algo que nos é comum (além de star wars) é a paixão pelos jogos eletrônicos.

"Mas, paixão até que ponto tio?" vocês podem me pergutar. Bom... grande o suficiente pra montarmos uma lan house em casa e passarmos madrugadas entre jogos e rodadas, com alguns intervalos para a Coca-Cola, o whisky e o banheiro. Por enquanto, contabilizamos 2 madrugadas e 3 tardes/noites jogando, e ainda há algumas por vir, enquantos podemos utilizar a locação.

Ainda no tema nerd, hoje assisti um episódio daquele reality show chamado "os Geeks e as gostosas". Semântica à parte, os nerds daquele reality show são, sem dúvida alguma, personificações do estereótipo, e creio que alguns tenham de fato algum problema de cunho psiquiátrico, como autismo em graus mais brandos. Eles são MUITO bizarros.

Ouvi dizer que esse reality show faz relativamente bastante sucesso no EUA e por aqui também, estando já em sua quarta ou quinha temporada. Somando à isso o fato de "Big Bang Theory" (Genial, por sinal. Humor de ótima qualidade.) ser bastante famosa, vos faço uma pergunta: porque a temática nerd está tão hype hoje em dia? Tirei algumas conclusões a respeito, mas aprendi, com o ultimo post, a ser um pouco menos impulsivo e incisivo, vou amadurecer a idéia (com acento mesmo, dane-se a nova ortogorafia) e quem sabe postar algum dia.

Bom, ta quase na hora de dormir (7 da manhã... inverti meu ritmo circadiano), o sono está batendo e estou começando a digitar errado... até a próxima!

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Comparações infelizes.

Cientistas, tem guerra no Oriente Próximo. O Brasil, um dos poucos lugares onde um árabe vê um judeu e não tem desejo de matá-lo e o judeu de atacar uma escola da Onu que faz trabalho em um estado de grande miséria como a Faixa de Gaza, tenta fazer sua parte na negociações de paz.
Nosso corpo diplomático está bem treinado na política ‘Paz e Amor’ e o Itamaraty, na sua posição, aposta na ‘neutralidade’ e nas negociações de paz capitaneadas pela França e Egito para por um fim nas ofensivas israelenses. MAS ai vem o seu figura Marco Aurélio Garcia e diz que Israel pratica “terrorismo de Estado” (!) – e olhe que isso não foi as escondidas como da vez do acidente com o avião da Tam. – claro, não jogou por terra o caminho diplomático do Brasil, mas, cientistas, como que uma pessoa dessa ainda está no governo?
Marco Aurélio tem o rabo preso em alguma coisa... Ou alguém gosta muito dele.


ps1: O atual governo está muito longe de ser o pior depois da redemocratização...
ps2: Se continuarmos assim , vão nos chamar de blog golpista...

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Dá-lhe 2009!


Enfim, chegamos ao novo ano! e com ele, muitas promessas vazias e expectativas a serem frustradas.
É isso aí, eu com o pessimismo de sempre. Mas em meio a tanta coisa ruim, algo bom bem que poderia surgir nao é? Nao perco a esperança, por exemplo, de nesse ano mal-fadado explodir uma super hiper mega master blaster escandalo envolvendo mais uma vez o governo, o PT e seu alto escalão, pra ver se finalmente nós, o povo, fazemos algo a respeito desse governo ridiculo, o pior governo de longe desde a redemocratização.
Chega de assistencialismo, chega de promessas, chega de ilusões. Está mais do que na hora da grande população brasileira entender que tem sim papel politico, fundamental, e que as mazelas que afligem o nosso povo nao são 'culpa do governo', ou dessa porra de crise. O governo quem faz somos nós, e se deixamos um bando de irresponsáveis e semi-analfabetos tomarem todas as decisões por nós, a culpa é tanto nossa quanto deles.
Aproveito entao pra escrever sobre uma idéia que há tempos me permeia a mente: porque diabos a capital do nosso país fica lá nos cafundós do cerrado, entre infitinitudes de campos de soja e pasto?
Não pretendo retomar aqui o contexto da construção de Brasília, mas uma viagem que um colega fez recentemente, à Argentina, me fez ter esse insight. A Casa Rosada, sede da presidência argentina, fica no coração de Buenos Aires, maior cidade do país, bem em frente à Plaza de Mayo e sua estação de metrô. Lá, a população está em íntimo contato com o governo, cobra, protesta, tudo isso com a facilidade da localização.
Agora, nossa querida capital, com sua Esplanada dos Ministérios e palácios, bem espaçados e isolados o suficiente, não permite tal 'approach' à política. Manifestações na capital devem ser cuidadosamente planejadas, e a logística de tais atos não permite uma aderência geral, em que o transeunte que compartilha das idéias dos manifestantes possa se juntar ao protesto ou movimento. Vários dias devem ser perdidos, entre viagem, protestos e pernoites, tornando esse tipo de ato uma 'coisa pra quem nao tem o que fazer', literalmente.
Será ter sido essa uma questão considerada na contrução de Brasília? Sinceramente, não sei, mas com certeza é algo que eu consideraria se coubesse a mim esse dever.
Claro, nao podemos por toda a culpa da inércia política da população brasileira no fato de brasília estar lá na putaquepariu. Isso é um fato histórico, o poder sempre esteve nas mãos de poucos, mesmo após a proclamação da república, que teoricamente devia trazer a democracia e direitos politicos iguais para todo e qualquer cidadão. Quem não se lembra do coronelismo (que até hoje tem seus redutos no NE) e sas eleições do cacete, da política café com leite, e tudo o mais? Essa distribuição de poder nunca possibilitou/estimulou a participação pública na politica, salvo raras exceções.
E esse maquinário, tão criticado pelo grupo que por duas décadas lutou pelo poder no país, está sendo usado e bem usado por esse mesmo grupo. Pregavam mudanças, algumas até radicais, mas nada melhor pra criar o comodismo do que o poder. Mensalões, mensalinhos, nepotismo, troca de favores, lobbys... de fato, nossa política (e não só a nossa) nada mais é que um jogo de troca de exerção de influências, pra se obter o que quer, e nao o que é melhor pro povo que elegeu esses governantes.
A esperança pra 2009, ano que promente tragédias, é que ocorra uma tão grande que seja capaz de unir a população em busca de seus direitos e na perseguição de criminosos políticos (ou políticos criminosos), para que possa haver uma breve esperança de que esse país, que de fato tem tudo pra crescer, verdadeiramente o faça.

Ficam aí meus votos para 2009! Que venha com tudo!



p.s.: copia, esse texto ficou até meio reacionário pra quem 'faz comentários de extrema direita', né?


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