Nessa última sexta tive a enorme felicidade de assistir ao filme O Curioso Caso de Benjamin Button (The Curious Case of Benjamin Button, 2008), que para desgosto dos pobres espíritos, faz-se justiça ao indicá-lo para 13 categorias na 81º edição do Oscar da Academia.
Ainda na sala de cinema, eu, de ego muito cheiro, comecei a escutar uns gemidos, uns barulhos sem tipo, o que já me bastaram para acionar o gatilho da curiosidade para descobrir de que diabo de lugar vinha aquele barulho e, claro, chamar a atenção da pessoa que atrabalhava meu filme. Não podia ser outra coisa, foi ali, duas poltronas à esquerda, um homem feito chorava emocionado pelo filme. Fique atônito, paralizado, não fiz nada, além de registrar mentalmnte aquela segunda cena fora da tela, um ser humano emocionado.
O filme que nos coloca para pensar em tantas coisas - morte, velhice, preconceitos, paixões, aprendizagem, valor da imagem -, que, na verdade, reflete uma característica dos bons filmes e textos, são passiveis de várias interpretações, fico, assim, autorizado a escolher uma via para refletir: o romance de pessoas ‘com idades muitos distantes’, claro, que de um modo muito particular isso é mostrado no filme, pois a personagem de Brad Pitt possui, como todos já devem saber, um jeito todo especial de envelhecer.
A Psicologia pode nos apresentar vários modelos para explicar esse tipo de relação confrontando: maturidade com imaturidade; caráter doentio ou mal caratismo e ingenuidade; sobrevivência da espécie e desenvolvimento dos órgãos sexuais, ou paixão; amor a primeira vista; casamentos arranjados e, por que não, tudo junto. A Psicologia é mestra em nos enrolar, mais que a História. Ah! E como isso nos alivia, para tudo ela nos apresenta uma resposta sensatíssima e digna da capa de revista semanal.
E então...
Do bastião do conhecimento brasileiro, a catedral de ciência sub Equador, a USP! Para nos dar, dar a nós, aos mortais , poucas palavras de sabedoria!
Acompanhe o caso:
Quando perguntado pelo jornalista (que são os pregadores do papado da USP) sobre o relacionamento de pessoas de idades muito distintas – um velho e um novo – o doutor em Psicologia pela USP, Ailton Amélio da Silva, diz:
“Como a mulher passa pela menopausa chegará um momento em que não poderá oferecer descendentes. Isso explica o porquê de uma procura por sinais de juventude, o que é bem diferente de buscar sinais de infantilidade! O ápice da juventude feminina representa os 24 anos.
“Além disso, pesquisas mostram que quanto mais atrasada uma cultura, maior é a diferença de idade entre os cônjuges. Na África, a diferença média chega a nove anos e na Europa é quase zero. Para o Brasil são estimulados três anos”
Para apimentar mais a conversa um caso ilustrava a reportagem: Mallu Magalhães, 16 e Marcelo Camelo, 30.
Conclusões que a USP me permite chegar: Marcelo Camelo é doente, pois procura uma parceira imatura ou é mais que africano, é um NEANDERTAL.
UFA! Sorte que inventaram a terceira via! Sempre vou nela!
Conclusão da terceira via: A USP forma doutores em psicologia de péssima qualidade!
Ah... USP, parabéns pelos 75 anos
Ps1: Falar mal de jornalista fica para um próximo post.
Ps2: O jornal que falo é o Jornal da Cidade, Bauru, domingo, 25/01/2009.
Ps3: E olhe que eu nem gosto do Marcelo Camelo e nem da Mallu Magalhães.
Um comentário:
e qm gosta? fica ai a duvida..
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