terça-feira, 28 de abril de 2009

Gripe suína: situação calamitosa?


NAO.

Fico impressionado com comentários e notícias em portais e pensamentos percebidos em conversas do cotidiano como as pessoas estão vendo esse caso da gripe suína. Vamos aos fatos:

Temos quase 800 casos confirmados e 2000 suspeitos no méxico, onde a situação é mais preocupante. Disso tudo, morreram 152 pessoas. Temos então uma letalidade de pouco menos de 6%! O que isso quer dizer? Quer dizer que quem morreu provavelmente eram idosos, crianças pequenas, pessoas em mal estado nutricional e imunossuprimidos. Ou seja: pessoas para quem já é risco contrair e morrer de alguma outa doença infecciosa.

Então, o que devemos fazer?

Creio que cuidados-padrão para população em geral (evitar ficar em abiente fechado com possíveis casos, atenção à sintomas, rápida busca a atendimento em caso de sintomas importantes, como na gripe comum), e atenção especial aos individuos mais vulneráveis. Por mais que o governo seja culpável em diversos outros males que nos afligem, nao cabe aqui por a culpa no estado. Mesmo se fosse uma situação apocalíptica como muitos fazem soar e parecem acreditar, nao ha muito o que fazer nessas situações. Barrar sintomáticos nas portas de entrada do país é factivel, mas e os casos ainda assintomaticos em incubaçao? Vão entrar doentes, vao desenvolver sintomas e potencialmente espalhar a doença. Isolamento só é efetivo em casos de alta infectividade se for total, e isso é infactível.

Além do mais, até para os casos mais graves, existe um medicamento que parece combater o sorotipo suíno do H1N1 e o laboratório responsavel pela sua produção já anunciou acordos com a OMS para a distribuição e aumento da produção do fármaco. Claro, eles devem estar ganahndo coisas absurdas nisso, como abatimentos e facilitações tarifárias, privilégios de mercado, como grande vilã corporativa que é, mas pelo menos está dando um pouco de complacência ao gerenciamento de um possivel cenário pandêmico.

Bom, acho que é só isso. Tava sem assunto pra postar e sem nada pra fazer, então resolvi executar uma ação de bem público. Se bem que posso ter falado muita besteira, porque ainda nao se conhece muito profundamente a história natural e reatividade da doença, mas esperemos pra ver. Creio que o inverno nao será tao frio quanto muitos esperam. Até!

domingo, 26 de abril de 2009

O Umbigo de Adão

Antes do texto per se, minhas humildes desculpas pela ausência. Ao menos postei mais vezes que o Garcia (que nunca postou). Como estou procurando desculpas para não estudar Embriologia Comparada, por que não postar no blog? hehehe

Esse post é baseado no ensaio de mesmo nome escrito por Stephen Jay Gould, um dos maiores (se não o maior) paleontólogos e divulgadores científicos que já habitou esse planeta. Portanto, nada meu aqui (a não ser a acidez dos comentários), só passando a discussão adiante.

Em algumas das mais célebres gravuras dos famosos personagens bíblicos Adão e Eva, nota-se um detalhe importante. Atente para essa imagem, o famoso "A Queda", de Michelangelo:


Percebeu algo estranho? Certamente, certamente. Não, não falo do homem(homem?)-serpente. Cadê o umbigo do Adão? O fato é que, naquela época, havia um caloroso debate sobre o fato de Adão ter ou não um umbigo. Afinal, segundo a bíblia, Adão não havia nascido de uma mulher, então não teria de ter um umbigo. Alguns pintores, para evitar o debate, procuravam ofuscar o umbigo do rapaz, seja desenhando um talo maior na folha que cobria seus genitais, estendendo-o até o umbigo (ou onde ele deveria ficar), ou fazendo como Tintoretto, nesta gravura de 1550, pintando-o de costas:



O argumento mais citado por aqueles que defendiam a ideia de que Adão teria um umbigo era o que Deus, em sua magnificência, criou o primeiro homem assim como seriam todos os outros, botando um umbigo lá, mesmo sem nunca ter havido cordão umbilical um dia nele. Muito tempo depois, a geologia estava florescendo e descobrindo indícios da verdadeira idade do planeta, muito maior do que afirmava a bíblia. Foi então que alguém teve a brilhante ideia de aplicar o conceito do umbigo para o planeta todo: Deus, em sua magnificência, no ato da criação, colocou camadas geológicas em estratos, representando uma passagem de tempo que nunca houvera. E, não contente com esse engodo, ainda encheu essas camadas de fósseis, para fingir que a vida teve uma história antes da criação. Tudo isso, é claro, para satisfazer o conceito de que o planeta deveria ser criado com a aparência de preexistência, assim como fizera com Adão e seu umbigo.

Tal argumento era defendido por um cientista britânico chamado Gosse, em seu livro Omphalos (acredite, significa umbigo, em grego). A história só não é tão engraçada assim pela pessoa que foi Gosse. Ele fora um brilhante naturalista de sua época, publicando inúmeros livros sobre plantas e animais, e um grande divulgador da ciência. Uma pena que a religião tivesse lhe subido a cabeça. Tanto cristãos como ateus esculacharam sua obra, seja por violar os conceitos de benevolência que um deus deveria ter, seja por inventar uma hipótese inaveriguável para explicar a origem dos fósseis e estratos geológicos.

O pobre Gosse ficou aniquilado emocionalmente pela rejeição de sua obra. Mas mais pobre ainda foi seu filho, um garotinho impressionável, que tinha de ouvir seu frustrado pai lhe contar os detalhes mais abomináveis de assassinatos do passado e presente. Aliás, seu filho certamente se deu bem melhor no ramo literário, ao escrever uma auto-biografia contando sua luta contra um sufocante extremismo religioso imposto pelo pai.

Bom, fico por aqui por enquanto. Logo volto com outro post Gouldiano.

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Now playing: The Mary Onettes - Dare
via FoxyTunes

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Questão de lógica

Primeiro, uma piadinha.

pergunta: Sabe porque homens NUNCA ganham de uma mulher numa discussão?
resposta: porque homens tem a necessidade de fazer sentido em seus argumentos.


Depois da graça, desgraça: parece que isso nao vale pra parlamentares.

Deputados e senadores se revoltam contra restrições ao uso de passagens aéreas


entra as pérolas temos:

"Estou aqui querendo me referir a essa sanha violenta, intimidatória. Estou defendendo uma questão republicana. Os americanos têm direito à passagem? Têm. O parlamento americano tem cartão sem limite para a viagem do parlamentar. A França tem custos pagos pelo contribuinte francês? Tem. A Suécia tem? Tem. A Dinamarca tem? Tem. Todos os parlamentos têm. Isso falta ser explicado ao povo brasileiro" - by Ciro Gomes(PSB-CE).

"As decisões certamente foram tomadas em função da pressão popular"- by Marconi Perillo (PSDB-GO), vice-presidente da Casa.

"Há muitos parlamentares questionando, avaliando que a medida é hipócrita porque se sabe muito bem que o parlamentar ganha menos do que o parlamentar de qualquer outro lugar do mundo" - by José Aníbal (PSDB-SP)

Porque os outros tem, nós deveriamos ter também? Decisões tomadas de acordo com apelos populares são equivocadas? Ganham pouco? E a verba de gabinete? E o auxilio-terno? Ainda, o pobre parlamentar ainda vai ter SUAS passagens pagas, é ELE que precisa viajar. Quer que nós paguemos tbm passagem pra esposas, filhos, amantes e filhos ilegítimos? Ainda, diz isso como se eles dependessem do salário de parlamentar, como se já nao viessem de familais abastadas, como se nao fossem coronéis, como se nao tivessem nada, NADA, tirando seu honorário de servidor público.

fiquei até desinspirado pra um comentariozinho cretino no final do post. Até!

domingo, 19 de abril de 2009

Anúncio


Pai tenta vender atriz de "Quem Quer Ser um Milionário?

O pai da atriz Rubina Ali, 9, que interpretou a personagem Latika quando criança no filme vencedor do Oscar "Quem Quer Ser um Milionário?", está tentando vender a menina, informa o site de notícias britânico "News of the World".

A disputa está acirrada entre Angelina Jolie e Madonna. E eu.


Bom, um post desses abre muita margem pra discussões sobre a miséria em tais países, desigualdade, a indiferença de países mais abonados em relação aos outros e tudo o mais, mas juro que to sem paciência pra escreveralgo mais sério. Fiquem à vontade =D

Fica a dica

Guitarrista de blues Robert Cray tem três shows marcados no Brasil

Robert Cray, expoente da guitarra no blues vem para o Brasil com duas apresentações marcadas em SP e uma no RJ. Sim, pH negativo também é cultura!

A música do sr. Cray é realmente extraordinária, tendo ele tocado com várias lendas do blues/rock como Eric Clapton e Stevie Ray Vaughan. Gravou 15 CD's, com vários artistas, incluindo um personal favorite of mine, o Showdown, em parceria com Albert Collins e Johnny Copeland. Algo excluisivo que realmente vale muito a pena ser visto.



Os shows serão numa quinta e sexta, 7 e 8 de maio no HSBC brasil. Agora, a tristeza: Ingressos que variam de 100 a 300 Reais Brasileiros. Estudante que sou, pagarei meia, 50 mangos é um bom preço, mas nas cadeiras mais longínquas do palco. 150 Reais no camarote fica foda.

Bom, é isso. Peço perdão pela falta de conteúdo e acidez, mas nem todo dia é dia de santo. Ou é?

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Jesus Beer

Aqui,neste pH negativo, não é incomum tratarmos com descaso a religião alheia. Descaso, mas não desrespito, frise-se. E, pra nao perdermos o costume, aqui vai meu mais recente achado herético e heterodóxico no que diz respeito à religião de ~90% da população desse nosso brasil varonil.




Bom, pensei em postar mais alguns videos por aqui também, mas alguns são demorados, ia fugir da proposta de post rápido.

Até.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Gratuidade pouca é bobagem



Depois dizem que criança é um ser puro e inocente

terça-feira, 7 de abril de 2009

Cultura Parental

Behold! Segundo vossa divindade Google, você que lê esse post acabou de testemunhar o surgimento de uma nova expressão. Procurei Cultura Parental e nao achei nenhuma ocorrência do termo.

Primeiramente, a definição: eu considero cultura parental aquela com a qual o infante tem contato desde cedo, por meio dos pais e/ou responsáveis. Músicas, filmes, séries, atividades lúdicas entre outros.

Definido o termo, vamos à discussão que desejo trazer: a análise da postura da criança/adolescente em relação à essa cultura. Vou me ater principalmente à musica na discussão, mas pincelarei alguns outros aspectos ao longo do texto.

Inicialmente, a criança nao tem como se esquivar dessas influências. Até os 6 ou 7 anos, no que diz respeito ao aspecto cultural, o pequeno é como um receptáculo pra toda informação cultural que os pais nela despejarem. O que pode causar efeitos 'desastrosos' para algumas pessoas ou 'hilárias' para outras, como podem ver no vídeo abaixo:

"Você viu o que ele falou pro padre, que ia queimar jesus!"



Daí, com o avanço da idade e estabelecimento de relações sociais extra-familiares, a criança começa a ter contato com outros tipos de influência além das parentais. Vai começar a ouvir rock, hip hop, tango, metal, seja lá o que for. E, quando filtrar e selecionar tudo isso, formará sua opinião própria, baseado no que é mais aceito no círculo do qual faz parte. Aí começa a rejeição da cultura parental.

É a época do "ah, isso é muito ruim, meu pai/mãe gostam disso", ou "isso é coisa de velho".

Então, com o amadurecimento e desprendimento desses grilhões sociais (coisas pelas quais nem todos passam, na verdade), o filho pródigo volta à casa, e abraça novamente a cultura parental, e adiciona à sua biblioteca de preferências, após certa seleção com certeza. Pode não fazer parte do seu dia-a-dia, mas ele não terá a repulsa que mostrou mais jovenzinho, e valorizará essa cultura.

Escutar aquelas músicas, que estão de certa maneira incrustradas no subconsiente, traz acalento ao coração, um bem estar quase inexplicável. Passei por isso recentemente, quando trombei sem querer com "Simon & Garfunkel" na internet, e depois procurei mais músicas, inclusive de outros intérpretes como Supertramp, Carpenters e Elvis.

Simon & Garfunkel - Sound of Silence


E sim, eu gosto dessas 'músicas de pai'. Tanto que após certa idade, além de ouvir o que meus pais ouviam quando eu era mais novo, procurei outras bandas e intépretes da época. Mas isso nao acontece com todos. É incrivel como se vê muita gente hoje em dia, alguns inteligentes até, mas com uma ortodoxia musical (ou cultural em geral) fora do comum. Uma pena.

Bom, acho que é isso o que eu queria falar. Dêem opinioes, falem o que seus pais escutavam, se você gosta (ou não), me mandem tomar no cu, sei la, qualquer coisa.

Até!

sábado, 4 de abril de 2009

Filosofia Lúdica


(filosfia acerca da atividade lúdica, nao como atividade lúdica)

Bom, abro aqui esse post pois venho jogado muito warcraft essa semana, e pude notar alguns padrões de comportamento e pensamento que gostaria de analisar e compartilhar com vocês, meu fiéis leitores.

Primeiro, é bom dar uma idéia geral do jogo: a grosso modo, são dois times, com até 5jogadores cada. Cada jogador controla um personagem. O objetivo é destruir a base inimiga. No vai e vem de jogo, demora-se de 30 a 90 minutos até se acabar uma partida.

Agora, os problemas:

1- Pessoas que saem no meio do jogo. Isso acontece geralmente quando se está mal, morre-se muito e nao há muito o que perder, o jogador simplesmente sai do jogo. Enorme deselegância, pois ao entrar em um jogo, você está sinalizando que pode ficar o tempo de uma partida na frente do pc.

2- Jogadores RUINS que falam demais. Essa é tipica. Jogadores novatos ou burros mesmo, que estão fodendo com o time, geralmente pôe a culpa do fracasso em outros. Dá palpites no gameplay de outros, fica falando em 'all' coisas como 'aff, time lixo' ou 'assim nao dá, time noob'.

3- Jogadores BONS que falam demais. Mesma coisa acima, mudando o fato que eles nao fodem o jogo.

Ok. O objetivo de toda e qualquer atividade lúdica é a diversão, correto? Então porque diabos uma pessoa entra em um jogo coletivo, com o objetivo inicial de se divertir, se acaba se estressando, estressando outros, ficando bravinho e saindo do jogo, desrespeitando todos os que ficaram? Isso é algo que nao entra na minha cabeça. Seja construtivo. Dê incentivos. Tente melhorar a experiência do jogo, tanto pra você quanto para os outros.

Tento fazer isso toda e qualquer vez que jogo. Se tem um cara mal, dou sugestões, tento incentivar. Se o time ta bem, congratulações à rodo. Agora, nao pode uma pessoa fazer cagada que ja chove gente xingando.

A que podemos atribuir isso? Cultura dos jogadores? Sensação de prazer ao menosprezar o próximo? Ou pura ignorância?

Amigos meus dizem que fazem isso pra desestabilizar o outro time, pra deixá-los abalados e ter isso como vantagem. Tudo bem, ganhar é sempre bom, e como esse é o objetivo do jogo, pode ser considerado válido, embora eu nao o faça. Agora, vir com atitudes agressivas contra companheiros de time é irracional. Você se estressa, seu time se estressa, a diversão diminui.

Jogue qualquer coisa pra se divertir. Se for pra ficar estressado, vá socar uma bronha e deixe os outros em paz. A atividade fica sem sentido quando o fator diversão sai do quadro.

Tenho certeza que existem muitos outros fatores envolvidos, mas to com sono, precisando descansar pra estudar amanha, entao fico por aqui. E peço pra que complementem as idéias se algo lhes ocorrer. Até!





ps: alguns devem pensar "ah, esse cara é um imbecil. Aposto que é mto ruim, foi xingado e ta aí chorando nessa porra de blog". Admito, sou ruim sim, mas nem tanto. Ja venho jogando há algum tempo, o que me deixa num nível pouco mais acima que dos iniciantes na curva de aprendizado. O que nao me deixa imune às agressividades por parte desses iniciantes e outros mais. Mas, fazer o que né.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

For Those About to Rock We Salute You!




"Cause i'm TNT, i'm Dynamite!"