sexta-feira, 15 de maio de 2009

I quit, because...

... o rumo para este pH difere do qual eu sigo.
Okay. Só peço pra você nao deletar os posts antigos, pq querendo ou não há significado naquilo tudo.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Burn Out


Burn out é um termo utilizado para 'exaustão', tanto física quanto psicológica. Pode acontecer por diversos motivos, mas é relacionado principalmente ao trabalho, e inclui cansaço fisico e mental, falta de interesse e apatia. Mas por que diabos estou falando disso?

estava lendo os posts das férias, e juro, me bateu uma quase depressão. Ah... bons tempos aqueles em que a nossa maior preocupação era nao acordar cedo o suficiente (13h) para o churrasco da tarde, ou beber muito no churrasco e nao aguentar a noitada.

Agora, duas da manhã, cá estou eu neste ph negativo, local de exercício político-filosófico-cultural, falando do meu cansaço diário. Mas é que estou quase me encaixando na descrição da chamada síndrome de Burn Out. Nada mais me parece atraente, to cansado, exausto ao fim de cada dia, sem motivação. Parece que estou funcionando num piloto automático, um piloto automático ineficiente ainda por cima, tendo em vista que ando perdendo algumas atividades.

Bom... pelo menos falta apenas pouco mais de um mês para as magras férias de julho. Se forem pelo menos metade do que foram as de verão, tá ótimo. Mas daí começo a pensar nos anos seguintes, e já me vem à cabeça: as férias desse ano são as derradeiras, as ultimas ferias de 2 meses da minha vida. daí em diante, atividades na faculdade começam logo no período neonatal de janeiro, e depois disso é só mais sofrimento.


Mas ah, cada desgraça em seu tempo, certo? Cerveja. É de cerveja que eu preciso. E cerveja esse pobre estudante há de ter, em doses paquidérmicas, daqui dois alvoreceres.

Para compensá-los por esse post desabafacional e pra não dizer que não postei nada engraçado ou interessante, aí vai um vídeo que há tempos eu guardava pra postar, mas nunca encontrei contexto. Ironico, o quão descontextualizado ele está aqui, não?

Até!




p.s.: o pequeno Alfa manda bem pra caralho!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Moral, bons constumes e a caixa de Skinner

Fui acusado recentemente de estar numa cruzada contra a moral e os bons costumes cristãos ocidentais, e que o principal veículo dessa cruzada era esse periódico. Oras, vamos aos fatos:

O que eu tenho postado no que diz respeito à religião? Jesus Beer, Bible Fight, uma ou outra decisão polêmica do bispado acerca condutas de terceiros... e só. E em nenhuma dessas eu fui desrespeitoso em relação à coisa. Culpa minha se o humor consegue ser triplicado quando usa de maneira não convencional ícones tão sedimentados na nossa cultura, como, por exemplo, o líder hebraico conhecido como Jesus Cristo? É como fazer piada com a mãe: pode até ser sacanagem, mas é brincadeira.

Outra: minha postura, como dito, nao é desrespeitosa. Apenas direciono certa acidez aos apelos religiosos, e isso é reflexo da minha personalidade cética, como creio ser também o caso do trilobita.

Bom, tirando esse trecho direcionado, vamos à algo mais geral e enriquecedor. Recentemente li um texto de Dawkins (sim, ele mesmo), mas nao escrachando a religião. Ele só relata e analisa de forma breve os famosos experimentos de Skinner (o psicólogo pioneiro do estudo comportamental, não o chefe do Mulder e da Scully, nem o diretor do Springfield Primary School) e sua famigerada caixa. O texto é sim um pouco longo, mas nao é maçante. Digo então aos indispostos que leiam, terminarão antes que percebam e poderão refletir um pouco. Texto retirado do site Ceticismo Aberto, escrito originalmente por Richard Dawkins, composto de fragmentos extraídos do livro Desvendando o Arco-Iris
original em Sociedade dos Cientistas Mortos.


-A Caixa de Skinner

A nossa inclinação a descobrir significado e padrão na coincidência, quer haja um verdadeiro significado, quer não, faz parte de uma tendência mais geral de procurar padrões. Essa tendência é louvável e útil. Muitos eventos e características no mundo são realmente padronizados de uma forma não aleatória, sendo proveitoso para nós, e para os animais em geral, detectar esses padrões. A dificuldade é navegar entre detectar um padrão aparente onde não existe nenhum, e não detectar o padrão onde ele existe. Em grande parte, a ciência da estatística diz respeito a saber orientar-se nessa difícil rota. Todavia, muito antes que os modernos métodos estatísticos fossem formalizados, os humanos e até outros animais eram estatísticos intuitivos bastante bons. Entretanto, é fácil cometer erros em ambas as direções.

Não somos os únicos animais a procurar padrões estatísticos de não-aleatoriedade na natureza, e não somos os únicos animais a cometer erros do tipo que poderia ser chamado de supersticioso. Esses dois fatos são claramente demonstrados no aparelho chamado caixa de Skinner, em referência ao famoso psicólogo americano B. F. Skinner. Uma caixa de Skinner é um equipamento simples, mas versátil, para estudar geralmente a psicologia de um rato ou de uma pomba. É uma caixa com uma chave ou chaves introduzidas numa das paredes, as quais a pomba (por exemplo) pode operar dando bicadas. Há também um aparelho de alimentação (ou de recompensas) que é eletricamente operado. Os dois estão conectados de tal modo que a bicada da pomba tem alguma influência sobre o aparelho de alimentação. No caso mais simples, toda vez que a pomba dá uma bicada na chave, ela ganha comida. As pombas aprendem rapidamente a tarefa. O mesmo acontece com ratos e, em caixas de Skinner reforçadas e adequadamente aumentadas, com os porcos.

Sabemos que a ligação causal entre a bicada na chave e a alimentação é gerada por um aparelho elétrico, mas a pomba não sabe. No que diz respeito à pomba, dar uma bicada na chave bem que poderia ser uma dança da chuva. Além disso, a ligação pode ser um elo estatístico bem fraco. O aparelho pode ser preparado para que, em vez de cada bicada ser recompensada, apenas uma em dez bicadas receba recompensas. Isso pode significar literalmente a cada dez bicadas. Ou, com um arranjo diferente do aparelho, pode significar que em média uma em dez bicadas recebe recompensas, mas em qualquer dada ocasião o número exato de bicadas exigido é determinado aleatoriamente. Ou talvez haja um relógio que determina o décimo de tempo, em média, em que uma bicada vai conseguir recompensas, contudo é impossível dizer qual será esse décimo de tempo. As pombas e os ratos aprendem a pressionar chaves mesmo que, em nossa opinião, fosse preciso ser um bom estatístico para detectar a relação entre causa e efeito. Podem ser treinados para um programa em que apenas uma proporção muito pequena de bicadas seja recompensada. É interessante observar que os hábitos aprendidos quando as bicadas são apenas ocasionalmente recompensadas apresentam maior duração que os hábitos aprendidos quando todas as bicadas são recompensadas: a pomba é desencorajada menos rapidamente quando o mecanismo de recompensas é totalmente desligado. Isso faz sentido intuitivamente, se pensarmos a respeito.

As pombas e os ratos são, portanto, estatísticos muito bons, capazes de captar tênues leis estatísticas de padrões no seu mundo. É presumível que essa capacidade lhes traga vantagens na natureza, assim como na caixa de Skinner. As ações de um animal selvagem não raro são seguidas por recompensas, punições ou outros acontecimentos importantes. A relação entre causa e efeito freqüentemente não é absoluta, e sim estatística. Se um maçarico-de-bico-torto sonda a lama com seu bico longo e curvo, há uma certa probabilidade de que vá pegar uma minhoca. A relação entre os eventos de sondagem e os de encontrar minhocas é estatística, mas real. Toda uma escola de pesquisa sobre animais tem se desenvolvido em torno da assim chamada Teoria da Forragem Ótima (Optimal Foraging Theory). Os pássaros selvagens demonstram ter capacidades bastante sofisticadas de avaliar, estatisticamente, a relativa riqueza em alimentos de diferentes áreas e de dividir o seu tempo entre as áreas de acordo com essa avaliação.

De volta ao laboratório, Skinner fundou uma grande escola de pesquisa usando caixas de Skinner para todos os tipos de finalidades detalhadas. Depois, em 1948, ele tentou uma genial variante da técnica padrão. Cortou completamente o elo causal entre o comportamento e a recompensa. Preparou o aparelho para recompensar a pomba de tempos em tempos, não importava o que o pássaro fizesse. Agora, o que os pássaros precisavam realmente fazer era só pousar e esperar a recompensa. Mas na realidade, não foi isso o que fizeram. Pelo contrário, em seis dentre oito casos, eles desenvolveram - exatamente como se estivessem aprendendo um hábito recompensado - o que Skinner chamou de comportamento supersticioso. Em que isso precisamente consistia, variava de pomba para pomba. Um dos pássaros girava como um pião, dando duas ou três voltas no sentido anti-horário, no intervalo entre as recompensas. Outro pássaro repetidamente lançava a cabeça na direção de um determinado canto no alto da caixa. Um terceiro exibia um comportamento de atirar-se para o alto, como se estivesse levantando uma cortina invisível com a cabeça. Dois deles desenvolveram independentemente o hábito rítmico do "balanço do pêndulo", oscilando a cabeça e o corpo de um lado para o outro. Eventualmente, este último hábito deve ter se assemelhado bastante à dança de namoro de algumas aves-do-paraíso. Skinner usou a palavra superstição porque os pássaros se comportavam como se achassem que o seu movimento habitual tivesse uma influência causal sobre o mecanismo de recompensa, quando na verdade isso não ocorria. Era o equivalente da dança da chuva para as pombas.

Um hábito supersticioso, uma vez estabelecido, podia persistir por horas, muito tempo depois de o mecanismo de recompensa ter sido desligado. Entretanto, os hábitos não persistiam inalterados na forma. Num caso típico, o hábito supersticioso da pomba começou como um movimento brusco da cabeça da posição do meio para a esquerda. Com o passar do tempo, o movimento se tornou mais enérgico. Por fim, todo o corpo se movia na mesma direção, e as patas davam um ou dois passos para o lado. Depois de muitas horas de "variação topográfica", esses passos para a esquerda se tornaram a característica predominante do hábito. Os próprios hábitos supersticiosos podem ter se derivado do repertório natural da espécie, mas ainda é justo afirmar que executá-los nesse contexto, e executá-los repetidas vezes, não é natural para as pombas.

As pombas supersticiosas de Skinner estavam se comportando como estatísticos, mas estatísticos que tinham chegado à conclusões errôneas. Estavam alertas à possibilidade de ligações entre os acontecimentos no seu mundo, especialmente entre as recompensas que desejavam e as ações que tinham capacidade de empreender. Um hábito, como impelir a cabeça para o alto num canto da gaiola, começou por acaso. O pássaro realizava esse movimento minutos antes de o mecanismo de recompensa entrar em ação. É bastante compreensível que o pássaro tenha desenvolvido a hipótese expeculativa de que havia uma ligação entre os dois acontecimentos. Por isso, impeliu a cabeça para o canto mais uma vez. Sem dúvida, pela sorte do mecanismo de sincronização de Skinner, a recompensa apareceu de novo. Se o pássaro tivesse tentado o experimento de não impelir a cabeça para o canto, teria descoberto que receberia recompensa de qualquer modo. Mas teria sido necessário um estatístico melhor e mais cético do que muitos de nós, humanos, para tentar esse experimento.

Skinner compara as pombas com apostadores humanos que desenvolvem pequenos "tiques" da sorte ao jogar cartas. Esse tipo de comportamento é também um espetáculo familiar em uma pista de bocha. Depois que a bola grande de madeira deixou a mão do jogador, não há nada mais que ele possa fazer para estimulá-la a se mover em direção ao bolim, a bola-alvo. Ainda assim, jogadores experientes quase sempre correm atrás da bola de madeira, freqüentemente ainda na posição inclinada, torcendo e virando o corpo como se para dar instruções desesperadas à bola, agora indiferente, e muitas vezes repetindo palavras vãs de encorajamento. Uma máquina caça-níqueis em Las Vegas é nada mais que, nada menos, que uma caixa de Skinner. "Dar uma bicada na chave" não é representado apenas pelo ato de puxar a alavanca, mas também é claro, pelo de colocar dinheiro na fenda. É realmente um jogo de tolos, pois sabe-se que as probabilidades estão arrumadas a favor do cassino -- de que outro modo o cassino conseguiria pagar suas imensas contas de eletricidade? É determinado aleatoriamente se um dado puxão na alavanca vai produzir a sorte grande ou não. Uma receita perfeita para hábitos supersticiosos. Sem dúvida, observando jogadores aficionados de Las Vegas, vêem-se movimentos que lembram muito as pombas supersticiosas de Skinner. Alguns falam com a máquina. Outros lhe fazem sinais engraçados com os dedos, acariciam-na ou lhe dão palmadinhas com as mãos. Certa vez lhe deram palmadinhas, e ganharam a sorte grande, e disso jamais se esqueceram. Tenho observado aficionados de computador, impacientes à espera da resposta do servidor, comportando-se de modo semelhante, por exemplo, batendo no terminal com os nós dos dedos.

Como podemos saber quais são os padrões aparentes genuínos, e quais os aleatórios e sem significado? Existem métodos, e eles pertencem à ciência e ao projeto experimental.

Um erro chamado de "falso negativo", consiste em deixar de detectar um efeito quando ele realmente existe. Um erro "falso positivo", ao contrário, consiste em concluir que algo está realmente acontecendo, quando na verdade não existe nada senão aleatoriedade.

As pombas supersticiosas de Skinner cometiam erros falsos positivos. Não havia nenhum padrão em seu mundo que ligasse verdadeiramente as suas ações aos resultados do mecanismo de recompensa. Mas elas se comportavam como se tivessem detectado esse padrão. Uma pomba "achava" (ou se comportava como se achasse) que dar passos para a esquerda faria funcionar o mecanismo de recompensa. Outra "achava" que atirar a cabeça para um canto tinha o mesmo efeito benéfico. As duas estavam cometendo erros falso positivos. Um erro falso negativo é cometido por uma pomba que nunca percebe que dar uma bicada na chave produz alimentos se a luz vermelha estiver acesa, mas que uma bicada com a luz azul acesa causa uma punição, desligando o mecanismo por dez minutos. Há um padrão esperando por ser detectado no pequeno mundo da caixa de Skinner, porém nossa pomba não o detecta.

Um erro falso negativo é cometido por um agricultor que deixa de perceber que há no mundo um padrão relativo a adubar um campo para a subseqüente colheita daquele campo. Um erro falso positivo é cometido por um agricultor que pensa provocar chuva, oferecendo sacrifícios aos deuses. Na verdade, não há nenhum padrão no seu mundo, mas ele não descobre esse dado da realidade e persiste nos seus sacrifícios inúteis e devastadores. De vez em quando, por acaso chuvas se seguem a rituais, e esses raros lances de sorte ficam gravados na memória. Quando o ritual não é seguido por chuva, assume-se que algum detalhe deu errado na cerimônia, ou que os deuses estão zangados por alguma outra razão: é sempre fácil encontrar uma desculpa bastante plausível.

sábado, 9 de maio de 2009

Star Wars Dance Videos

Enquanto me divertia, mais uma vez, a fim de matar tempo de estudo, esbarrei em vários vídeos com a famosa combinação dos temas Star Wars e dança. Só não sabia que haviam tantos no gênero.

Enfim, eis alguns:






sexta-feira, 8 de maio de 2009

Summus 'Doomed'

C3PO - dono de uma boa frase

Caros ciêntistas, hoje volto a esse 'pH negativo' um pouco mudado. Depois de um revés acadêmico, uma ou duas noites insones e, para completarmos o bolo trágico; meu computador não funciona a 18 dias. Uma verdadeira pena.
(Estou tão decadente que escrevo isso, ou pelo menos anoto pra depois escrever, assistindo a um intediante seminário, não exijo nada muito fora do comum dos meus colegas, até porque o meu seminário não foi algo brilhante, mas pra fazer uma apresentação de 10 minutos ficar chata, para isso, meus ciêntistas, tem que nascer com o dom. Ficar ali lendo um papel! Ah! Que coisa chata!)
Então nesse tempo que fiquei longe do blog juntei mil coisas pra falar, mas já esqueci tudo. Lembro só de uma coisa: não assistam ao filme 'Underworld: a revolução' é bem fraquinho.
Fiquem contentes ciêntistas, decidi que não tratarei mais de temas 'muito' estranhos a mim. Fazer o que fazia era arrogância demais. Provei do próprio remédio estes dias... e não foi nada feliz. Caros, a indolência é muito bizara! (achou infantil? acreditem, não é menos que o seminário que estou assistindo.)
Lembrem-se! Nós somos muito especiais, mas nosso conceito de gênio é muito pobre. Achamos que o gênio é gênio porque ele assim nasceu e essa é a sua sina e fortuna, parece confuso, mas é isso mesmo. Isso nos faz imaginar que somos ou parecemos gênios, mas não! Realmente estamos muito 'além da média', somos melhor que muitos outros, mas estamos muito longe da genialidade. Por isso usamos argumentos de autoridade, pois como bons 'meio gênios':
'We're doomed', ou para os gênios: 'O nos misserum'
ps1: sentiram minha falta?
ps2: nem sei se o latim tá certo, qualquer coisa arrumo depois.

sábado, 2 de maio de 2009

Sigue Sigue Sputnik

Sempre achei muito interessante o conceito oitentista de música. Digo, muito da música atual deriva dessa época. Bandas que eu gosto muito, como Interpol, Editors e minha all-time favorite, The Mary Onettes, têm ali claramente ambos os pés nos anos oitenta, influenciadas por clássicos como Joy Division (que é mais final de setenta que oitenta =þ), New Order e The Cure.

Mas o que, na minha opinião, tornou a música da época tão inovadora foi o progresso tecnológico. Sem dúvida já haviam nomes como Kraftwerk, cuja música era essencialmente eletrônica, mas foi durante os anos oitenta que os famosos sintetizadores se espalharam pelo mundo musical e, conseqüentemente, trouxeram o toque eletrônico que faltava.

E foi inspirada no progresso tecnológico que surgiu uma banda um tanto quanto peculiar, eu diria. Trata-se de Sigue Sigue Sputnik.


Quando a antiga banda de Billy Idol, o Generation X (ou Gen X), se desfez (não antes de lançar o hit Dancing With Myself, popularizado por Idol posteriormente) e este seguiu para a carreira solo, o baixista Tony James criou o Sigue Sigue Sputnik (nome retirado de uma gangue de rua russa, "Queime queime satélite"), uma banda que unia o rock com o visual e conceitos do cyberpunk. Assim como muitas bandas da época, havia um grande enfoque na aparência, e não somente do som. Antes mesmo do lançamento da banda, uma grande propaganda foi montada em cima dela, com direito a trailer e tudo o mais:

O primeiro single da banda, "Love Missile F1-11", logo se tornou um sucesso. A mistura não-ortodoxa de visuais gótico e glam (muito observada no J-Rock devido a bandas como X-Japan e Malice Mizer), juntamente com os temas futurismo, Guerra nas Estrelas, jogos eletrônicos e sexo (ahn?) levaram a banda a cair no gosto do público. Seu primeiro álbum, "Flaunt It" (1986), mostrava uma posição um tanto quanto estranha da banda, pois entre as faixas haviam propagandas de produtos (alguns reais, como para a I-D Magazine e L'Oréal, outros da "Sputnik Corporation: Pleasure is our business").

Logo após o lançamento do segundo álbum, no entanto, a banda se separou. James culpou a mídia pela queda da banda, que inicialmente teria iluminado-a pelo visual e atitudes chocantes mas que logo a havia esquecido. Também, era por se esperar. Embora eu goste muito do som e do conceito, basta ouvir duas músicas para perceber que não são muito diferentes entre si, e enjoam rápido hehehe.

Tony James saiu para o Sisters of Mercy (uma saída nada mal, diga-se de passagem) e tentou remontar o SSS mais duas vezes, mas nunca com todos os membros antigos.

Para finalizar, o clássico videoclipe de "21st Century Boy":

terça-feira, 28 de abril de 2009

Gripe suína: situação calamitosa?


NAO.

Fico impressionado com comentários e notícias em portais e pensamentos percebidos em conversas do cotidiano como as pessoas estão vendo esse caso da gripe suína. Vamos aos fatos:

Temos quase 800 casos confirmados e 2000 suspeitos no méxico, onde a situação é mais preocupante. Disso tudo, morreram 152 pessoas. Temos então uma letalidade de pouco menos de 6%! O que isso quer dizer? Quer dizer que quem morreu provavelmente eram idosos, crianças pequenas, pessoas em mal estado nutricional e imunossuprimidos. Ou seja: pessoas para quem já é risco contrair e morrer de alguma outa doença infecciosa.

Então, o que devemos fazer?

Creio que cuidados-padrão para população em geral (evitar ficar em abiente fechado com possíveis casos, atenção à sintomas, rápida busca a atendimento em caso de sintomas importantes, como na gripe comum), e atenção especial aos individuos mais vulneráveis. Por mais que o governo seja culpável em diversos outros males que nos afligem, nao cabe aqui por a culpa no estado. Mesmo se fosse uma situação apocalíptica como muitos fazem soar e parecem acreditar, nao ha muito o que fazer nessas situações. Barrar sintomáticos nas portas de entrada do país é factivel, mas e os casos ainda assintomaticos em incubaçao? Vão entrar doentes, vao desenvolver sintomas e potencialmente espalhar a doença. Isolamento só é efetivo em casos de alta infectividade se for total, e isso é infactível.

Além do mais, até para os casos mais graves, existe um medicamento que parece combater o sorotipo suíno do H1N1 e o laboratório responsavel pela sua produção já anunciou acordos com a OMS para a distribuição e aumento da produção do fármaco. Claro, eles devem estar ganahndo coisas absurdas nisso, como abatimentos e facilitações tarifárias, privilégios de mercado, como grande vilã corporativa que é, mas pelo menos está dando um pouco de complacência ao gerenciamento de um possivel cenário pandêmico.

Bom, acho que é só isso. Tava sem assunto pra postar e sem nada pra fazer, então resolvi executar uma ação de bem público. Se bem que posso ter falado muita besteira, porque ainda nao se conhece muito profundamente a história natural e reatividade da doença, mas esperemos pra ver. Creio que o inverno nao será tao frio quanto muitos esperam. Até!

domingo, 26 de abril de 2009

O Umbigo de Adão

Antes do texto per se, minhas humildes desculpas pela ausência. Ao menos postei mais vezes que o Garcia (que nunca postou). Como estou procurando desculpas para não estudar Embriologia Comparada, por que não postar no blog? hehehe

Esse post é baseado no ensaio de mesmo nome escrito por Stephen Jay Gould, um dos maiores (se não o maior) paleontólogos e divulgadores científicos que já habitou esse planeta. Portanto, nada meu aqui (a não ser a acidez dos comentários), só passando a discussão adiante.

Em algumas das mais célebres gravuras dos famosos personagens bíblicos Adão e Eva, nota-se um detalhe importante. Atente para essa imagem, o famoso "A Queda", de Michelangelo:


Percebeu algo estranho? Certamente, certamente. Não, não falo do homem(homem?)-serpente. Cadê o umbigo do Adão? O fato é que, naquela época, havia um caloroso debate sobre o fato de Adão ter ou não um umbigo. Afinal, segundo a bíblia, Adão não havia nascido de uma mulher, então não teria de ter um umbigo. Alguns pintores, para evitar o debate, procuravam ofuscar o umbigo do rapaz, seja desenhando um talo maior na folha que cobria seus genitais, estendendo-o até o umbigo (ou onde ele deveria ficar), ou fazendo como Tintoretto, nesta gravura de 1550, pintando-o de costas:



O argumento mais citado por aqueles que defendiam a ideia de que Adão teria um umbigo era o que Deus, em sua magnificência, criou o primeiro homem assim como seriam todos os outros, botando um umbigo lá, mesmo sem nunca ter havido cordão umbilical um dia nele. Muito tempo depois, a geologia estava florescendo e descobrindo indícios da verdadeira idade do planeta, muito maior do que afirmava a bíblia. Foi então que alguém teve a brilhante ideia de aplicar o conceito do umbigo para o planeta todo: Deus, em sua magnificência, no ato da criação, colocou camadas geológicas em estratos, representando uma passagem de tempo que nunca houvera. E, não contente com esse engodo, ainda encheu essas camadas de fósseis, para fingir que a vida teve uma história antes da criação. Tudo isso, é claro, para satisfazer o conceito de que o planeta deveria ser criado com a aparência de preexistência, assim como fizera com Adão e seu umbigo.

Tal argumento era defendido por um cientista britânico chamado Gosse, em seu livro Omphalos (acredite, significa umbigo, em grego). A história só não é tão engraçada assim pela pessoa que foi Gosse. Ele fora um brilhante naturalista de sua época, publicando inúmeros livros sobre plantas e animais, e um grande divulgador da ciência. Uma pena que a religião tivesse lhe subido a cabeça. Tanto cristãos como ateus esculacharam sua obra, seja por violar os conceitos de benevolência que um deus deveria ter, seja por inventar uma hipótese inaveriguável para explicar a origem dos fósseis e estratos geológicos.

O pobre Gosse ficou aniquilado emocionalmente pela rejeição de sua obra. Mas mais pobre ainda foi seu filho, um garotinho impressionável, que tinha de ouvir seu frustrado pai lhe contar os detalhes mais abomináveis de assassinatos do passado e presente. Aliás, seu filho certamente se deu bem melhor no ramo literário, ao escrever uma auto-biografia contando sua luta contra um sufocante extremismo religioso imposto pelo pai.

Bom, fico por aqui por enquanto. Logo volto com outro post Gouldiano.

----------------
Now playing: The Mary Onettes - Dare
via FoxyTunes

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Questão de lógica

Primeiro, uma piadinha.

pergunta: Sabe porque homens NUNCA ganham de uma mulher numa discussão?
resposta: porque homens tem a necessidade de fazer sentido em seus argumentos.


Depois da graça, desgraça: parece que isso nao vale pra parlamentares.

Deputados e senadores se revoltam contra restrições ao uso de passagens aéreas


entra as pérolas temos:

"Estou aqui querendo me referir a essa sanha violenta, intimidatória. Estou defendendo uma questão republicana. Os americanos têm direito à passagem? Têm. O parlamento americano tem cartão sem limite para a viagem do parlamentar. A França tem custos pagos pelo contribuinte francês? Tem. A Suécia tem? Tem. A Dinamarca tem? Tem. Todos os parlamentos têm. Isso falta ser explicado ao povo brasileiro" - by Ciro Gomes(PSB-CE).

"As decisões certamente foram tomadas em função da pressão popular"- by Marconi Perillo (PSDB-GO), vice-presidente da Casa.

"Há muitos parlamentares questionando, avaliando que a medida é hipócrita porque se sabe muito bem que o parlamentar ganha menos do que o parlamentar de qualquer outro lugar do mundo" - by José Aníbal (PSDB-SP)

Porque os outros tem, nós deveriamos ter também? Decisões tomadas de acordo com apelos populares são equivocadas? Ganham pouco? E a verba de gabinete? E o auxilio-terno? Ainda, o pobre parlamentar ainda vai ter SUAS passagens pagas, é ELE que precisa viajar. Quer que nós paguemos tbm passagem pra esposas, filhos, amantes e filhos ilegítimos? Ainda, diz isso como se eles dependessem do salário de parlamentar, como se já nao viessem de familais abastadas, como se nao fossem coronéis, como se nao tivessem nada, NADA, tirando seu honorário de servidor público.

fiquei até desinspirado pra um comentariozinho cretino no final do post. Até!

domingo, 19 de abril de 2009

Anúncio


Pai tenta vender atriz de "Quem Quer Ser um Milionário?

O pai da atriz Rubina Ali, 9, que interpretou a personagem Latika quando criança no filme vencedor do Oscar "Quem Quer Ser um Milionário?", está tentando vender a menina, informa o site de notícias britânico "News of the World".

A disputa está acirrada entre Angelina Jolie e Madonna. E eu.


Bom, um post desses abre muita margem pra discussões sobre a miséria em tais países, desigualdade, a indiferença de países mais abonados em relação aos outros e tudo o mais, mas juro que to sem paciência pra escreveralgo mais sério. Fiquem à vontade =D

Fica a dica

Guitarrista de blues Robert Cray tem três shows marcados no Brasil

Robert Cray, expoente da guitarra no blues vem para o Brasil com duas apresentações marcadas em SP e uma no RJ. Sim, pH negativo também é cultura!

A música do sr. Cray é realmente extraordinária, tendo ele tocado com várias lendas do blues/rock como Eric Clapton e Stevie Ray Vaughan. Gravou 15 CD's, com vários artistas, incluindo um personal favorite of mine, o Showdown, em parceria com Albert Collins e Johnny Copeland. Algo excluisivo que realmente vale muito a pena ser visto.



Os shows serão numa quinta e sexta, 7 e 8 de maio no HSBC brasil. Agora, a tristeza: Ingressos que variam de 100 a 300 Reais Brasileiros. Estudante que sou, pagarei meia, 50 mangos é um bom preço, mas nas cadeiras mais longínquas do palco. 150 Reais no camarote fica foda.

Bom, é isso. Peço perdão pela falta de conteúdo e acidez, mas nem todo dia é dia de santo. Ou é?

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Jesus Beer

Aqui,neste pH negativo, não é incomum tratarmos com descaso a religião alheia. Descaso, mas não desrespito, frise-se. E, pra nao perdermos o costume, aqui vai meu mais recente achado herético e heterodóxico no que diz respeito à religião de ~90% da população desse nosso brasil varonil.




Bom, pensei em postar mais alguns videos por aqui também, mas alguns são demorados, ia fugir da proposta de post rápido.

Até.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Gratuidade pouca é bobagem



Depois dizem que criança é um ser puro e inocente

terça-feira, 7 de abril de 2009

Cultura Parental

Behold! Segundo vossa divindade Google, você que lê esse post acabou de testemunhar o surgimento de uma nova expressão. Procurei Cultura Parental e nao achei nenhuma ocorrência do termo.

Primeiramente, a definição: eu considero cultura parental aquela com a qual o infante tem contato desde cedo, por meio dos pais e/ou responsáveis. Músicas, filmes, séries, atividades lúdicas entre outros.

Definido o termo, vamos à discussão que desejo trazer: a análise da postura da criança/adolescente em relação à essa cultura. Vou me ater principalmente à musica na discussão, mas pincelarei alguns outros aspectos ao longo do texto.

Inicialmente, a criança nao tem como se esquivar dessas influências. Até os 6 ou 7 anos, no que diz respeito ao aspecto cultural, o pequeno é como um receptáculo pra toda informação cultural que os pais nela despejarem. O que pode causar efeitos 'desastrosos' para algumas pessoas ou 'hilárias' para outras, como podem ver no vídeo abaixo:

"Você viu o que ele falou pro padre, que ia queimar jesus!"



Daí, com o avanço da idade e estabelecimento de relações sociais extra-familiares, a criança começa a ter contato com outros tipos de influência além das parentais. Vai começar a ouvir rock, hip hop, tango, metal, seja lá o que for. E, quando filtrar e selecionar tudo isso, formará sua opinião própria, baseado no que é mais aceito no círculo do qual faz parte. Aí começa a rejeição da cultura parental.

É a época do "ah, isso é muito ruim, meu pai/mãe gostam disso", ou "isso é coisa de velho".

Então, com o amadurecimento e desprendimento desses grilhões sociais (coisas pelas quais nem todos passam, na verdade), o filho pródigo volta à casa, e abraça novamente a cultura parental, e adiciona à sua biblioteca de preferências, após certa seleção com certeza. Pode não fazer parte do seu dia-a-dia, mas ele não terá a repulsa que mostrou mais jovenzinho, e valorizará essa cultura.

Escutar aquelas músicas, que estão de certa maneira incrustradas no subconsiente, traz acalento ao coração, um bem estar quase inexplicável. Passei por isso recentemente, quando trombei sem querer com "Simon & Garfunkel" na internet, e depois procurei mais músicas, inclusive de outros intérpretes como Supertramp, Carpenters e Elvis.

Simon & Garfunkel - Sound of Silence


E sim, eu gosto dessas 'músicas de pai'. Tanto que após certa idade, além de ouvir o que meus pais ouviam quando eu era mais novo, procurei outras bandas e intépretes da época. Mas isso nao acontece com todos. É incrivel como se vê muita gente hoje em dia, alguns inteligentes até, mas com uma ortodoxia musical (ou cultural em geral) fora do comum. Uma pena.

Bom, acho que é isso o que eu queria falar. Dêem opinioes, falem o que seus pais escutavam, se você gosta (ou não), me mandem tomar no cu, sei la, qualquer coisa.

Até!

sábado, 4 de abril de 2009

Filosofia Lúdica


(filosfia acerca da atividade lúdica, nao como atividade lúdica)

Bom, abro aqui esse post pois venho jogado muito warcraft essa semana, e pude notar alguns padrões de comportamento e pensamento que gostaria de analisar e compartilhar com vocês, meu fiéis leitores.

Primeiro, é bom dar uma idéia geral do jogo: a grosso modo, são dois times, com até 5jogadores cada. Cada jogador controla um personagem. O objetivo é destruir a base inimiga. No vai e vem de jogo, demora-se de 30 a 90 minutos até se acabar uma partida.

Agora, os problemas:

1- Pessoas que saem no meio do jogo. Isso acontece geralmente quando se está mal, morre-se muito e nao há muito o que perder, o jogador simplesmente sai do jogo. Enorme deselegância, pois ao entrar em um jogo, você está sinalizando que pode ficar o tempo de uma partida na frente do pc.

2- Jogadores RUINS que falam demais. Essa é tipica. Jogadores novatos ou burros mesmo, que estão fodendo com o time, geralmente pôe a culpa do fracasso em outros. Dá palpites no gameplay de outros, fica falando em 'all' coisas como 'aff, time lixo' ou 'assim nao dá, time noob'.

3- Jogadores BONS que falam demais. Mesma coisa acima, mudando o fato que eles nao fodem o jogo.

Ok. O objetivo de toda e qualquer atividade lúdica é a diversão, correto? Então porque diabos uma pessoa entra em um jogo coletivo, com o objetivo inicial de se divertir, se acaba se estressando, estressando outros, ficando bravinho e saindo do jogo, desrespeitando todos os que ficaram? Isso é algo que nao entra na minha cabeça. Seja construtivo. Dê incentivos. Tente melhorar a experiência do jogo, tanto pra você quanto para os outros.

Tento fazer isso toda e qualquer vez que jogo. Se tem um cara mal, dou sugestões, tento incentivar. Se o time ta bem, congratulações à rodo. Agora, nao pode uma pessoa fazer cagada que ja chove gente xingando.

A que podemos atribuir isso? Cultura dos jogadores? Sensação de prazer ao menosprezar o próximo? Ou pura ignorância?

Amigos meus dizem que fazem isso pra desestabilizar o outro time, pra deixá-los abalados e ter isso como vantagem. Tudo bem, ganhar é sempre bom, e como esse é o objetivo do jogo, pode ser considerado válido, embora eu nao o faça. Agora, vir com atitudes agressivas contra companheiros de time é irracional. Você se estressa, seu time se estressa, a diversão diminui.

Jogue qualquer coisa pra se divertir. Se for pra ficar estressado, vá socar uma bronha e deixe os outros em paz. A atividade fica sem sentido quando o fator diversão sai do quadro.

Tenho certeza que existem muitos outros fatores envolvidos, mas to com sono, precisando descansar pra estudar amanha, entao fico por aqui. E peço pra que complementem as idéias se algo lhes ocorrer. Até!





ps: alguns devem pensar "ah, esse cara é um imbecil. Aposto que é mto ruim, foi xingado e ta aí chorando nessa porra de blog". Admito, sou ruim sim, mas nem tanto. Ja venho jogando há algum tempo, o que me deixa num nível pouco mais acima que dos iniciantes na curva de aprendizado. O que nao me deixa imune às agressividades por parte desses iniciantes e outros mais. Mas, fazer o que né.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

For Those About to Rock We Salute You!




"Cause i'm TNT, i'm Dynamite!"

terça-feira, 31 de março de 2009

'Piratas do Tietê' é a melhor tira do país.


-Folha, 31/03/09

segunda-feira, 30 de março de 2009

Getting old


Às vésperas de fazer 20 anos, me bate quase uma depressão em olhar pra trás e ver o leque de possibilidades de 'o que se fazer da vida' se estreitando. Foram tantas idéias (algumas loucas), tantas oportunidades, tantos planos deixados pra trás em detrimento de outros, que, quando percebemos que nao podemos mais retomá-los, por mais que eles nao fossem os mais adequados e nao estejamos infelizes com nossas escolhas atuais, ficamos sim meio mal.

Tanta coisa ja me passou pela cabeça: Oficial Aviador, Designer de Jogos, Professor, Pesquisador, Astrônomo, Engenheiro. E, feitas as minhas escolhas quando as tive de fazer, várias delas ficaram para trás, inalcançáveis ou muito difíceis pra uma pessoa com mais de 18 anos. Não que eu me desse necessariamente melhor em alguma delas do que estou me dando agora, mas saber que nao temos mais esse poder de escolha é assustador.

Mesmo fugindo um pouco à esse tipo de decisão, pra outras menos impactantes que escolha de carreira profissional, é estranho perceber que se está velho demais pra começar a fazer diversas coisas ou que, se você fizer, nunca será tao bom como seria se tivesse comçado em tenra juventude. Aprender a tocar algum instrumento, praticar decentemente algum esporte, escrever, desenhar, astronomia amadora, sei lá, qualquer coisa.

Bom, talvez isso esteja se passando pela minha cabeça porque estou começando a perceber que nao sou mais um moleque de 16 anos, que tenho responsabilidades, que nao sei mais qual é o jogo mais novo ou a banda descolada do momento.

Essa perda de 'potencial de diferenciação' é algo natural e temos que aprender a aproveitar ao melhor as oportunidades e o momento no qual estamos para minimizar os arrependimentos futuros (já que considero impossível eliminá-los), nao importando o quão pouco tempo você tem sobrando no dia-a-dia, nao importando o quão cansativa é a sua rotina. Engrandecimento pessoal, esse é o termo. Soa sim um tanto egóico, mas só com esse tipo de vaidade a pessoa se motiva pra tais feitos. E essa vaidade nao torna uma pessoa necessariamente em um filho da puta imbecil, só basta manter a humildade (ao menos para os outros). "Um ato só é imoral se dirigido a outros". Pense o que quiser sobre si mesmo, é só nao dar uma gostosão pra cima dos outros.

Bom, finalizo por aqui esse post sem motivo e maçante. Em minha defesa eu digo que é algo que estava reverberando em minha cabeça, e como o ultimo post já tem alguns dias, resolvi juntar o útil (nem tanto) ao agradável (menos ainda). Até a próxima!

terça-feira, 24 de março de 2009

Desculpas e a crise.

Caros cientistas, depois de longas semanas sem estabelecer contato com vocês, volto!

Daí, posso pensar em duas coisas: (i) faço falta nenhuma já que ninguém reclamou minha atuação; (ii) você s sentiram tanta minha falta que ficaram paralisados e nem conseguiram reclamar, coitados. Fico com a segunda.

Mas vejam, tenho uma boa desculpa: a crise!

Ela geralmente está sendo desculpa pra tudo. Desde demissões no ABC até aumento da prostituição infantil entre as rodovias do nordeste, passando pelo fim de vários casamentos da alta sociedade carioca. Então, tá ai! Sem prejuízo nenhum de significado.

Cientistas, se vocês esperavam um super post, foi mal. Estou com uma idéia na cabeça a algum tempo, mas ela não tem nada de fora do comum. Aqui vai:

Vi, uns tempos atrás, um pai pedir para a filha:

“Seja uma boa menina e vá buscar cerveja pro seu pai.”

Estava em uma festa de aniversário, o homenageado comemorava dois anos, a boa menina não passava dos 5.

Ele, o pai, tomava cerveja – tudo certo até ai – e poderia estar tendo a melhor conversa do mundo em sua mesa, o que seria uma boa desculpa para dizer que não podia buscar uma cerveja. A boa menina brincava, rodava, cantava, pulava, fazia o diabo. Se divertia, a pobre.

Ambos estavam tendo um ‘bom tempo’ – levando em consideração que o pai poderia estar tento a melhor conversa do mundo com aqueles parentes que nunca encontra e ao som de músicas da XUXA -, logo, estavam empatados, ocupando a seus modos os seus tempos. Mas como pensou o pai para achar que a sua filha deveria parar com o que estava fazendo e ir pegar uma cerveja?

Racionalidade? Não, ambos estavam ocupados.

Moralidade? Bem, no meu mundo, brincar é mais ‘certo’ que beber.

Egoísmo? Sim, pois não tem cabimento um homem levantar pra pegar cerveja sendo que tem uma criança ali por perto para fazer isso.

Aposto que ninguém naquela festa pensou em algo assim. Poucas pessoas gostam de ‘ler’ as representações de cada ação no nosso cotidiano e nesse caso de repressão.


Mais tarde quando alguém perguntar, como o filho de Fulano, homem tão bom, ficou assim!?

Ora, você mostrou como as coisas eram, ele só representou de modo menos velado que você.


ps: isso não significa que todo mundo que for pegar uma cerveja quando criança tornar-se-á um maníaco.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Pedro e Bino na churrascaria

Cuidado Bino!



p.s.: 2 e meia da manha, prova UNICA de infectologia amanha, to sem livro, sem slide, sem caderno. Fodeu Bino!

segunda-feira, 16 de março de 2009


Chávez usará prisão contra os que se opuserem a suas ordens na Venezuela

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ameaçou prender governadores opositores que não acatem a transferência da administração de portos e aeroportos ao poder Executivo, aprovada em uma lei de descentralização. Neste domingo, durante seu programa dominical, "Alô Presidente", Chávez ordenou que as Forças Armadas do país tomassem todas as bases marítimas e aeroportuárias sob controle da oposição.


Tempo pra ditadura: X
Tempo pros MIG's da Venezuela estarem sobre Brasília: X + 1 ("Mis compañeros, esto cerdo derechista en el poder en Brasil es um espión de los ianques, que ameaça nuestra soberania nacionál e todo porque lutámos. debemos, como verdadeiros bolivariános, derrotar el inimigo! Fuerzas Armadas, adelante!")

Y viva a la republica bolivariana!
mas foi sem querer querendo!

quarta-feira, 11 de março de 2009

Lulululalalá

"Lula diz a jornal britânico que quer mundo livre de dogmas econômicos"

"Políticas anticíclicas não deveriam ser adotadas apenas em épocas de crise. Aplicadas com antecedência --como foi feito no Brasil-- elas são a garantia de uma sociedade mais justa e democrática", escreve o presidente.

Dogmas econômicos? Políticas anti-cíclicas? O dia que o lula disser esse tipo de coisa, o Brasil estará bem! Nada que um bom ghost writer e um consultor economista nao resolvam.

E ah claro, é tão evidente essa sociedade justa e democrática aqui no Brasil, onde são aplicadas essas politicas anti-cíclicas.








terça-feira, 10 de março de 2009

O devo fazer até o próximo carnaval?


-Folha 10/03/09

domingo, 8 de março de 2009

Bible Fight



Uma batalha épica (e um tanto irônica) entre diversos personagens bíblicos! Seja Jesus e jogue sua coroa pra um ataque à distância, ou então com moisés, e invoque uma praga do egito pra derrotar seus adversários!

sábado, 7 de março de 2009

Por que não me falaram antes?




"Comissão vaticana considera "justa" excomunhão de médicos brasileiros"








É só isso que eu preciso fazer pra ser excomungado? E eu aqui quebrando a cabeça desde os 15 anos...

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Review: Anjos da Noite (Underworld)

(este artigo contém spoilers. não que isso importe muito, já que o filme nao é essas coisas... é bom só pela atriz! =P)



Madrugada insone, acabei de assistir esse filme e me inspirei a fazer o review. Anjos da Noite (2003) é um filme sobre a épica batalha entre duas espécies sobrenaturais: vampiros e lobisomens. Essa rivalidade inter-espécies é tratada em diversos outros filmes e livros, e também é lugar comum no RPG. Ainda mais, o filme se passa nos dias atuais.

Tudo para ser um ótimo filme, para nós, nerds, certo? ERRADO!
O filme é sim bem produzido, boa fotografia, ótima ambientação e tudo o mais, mas peca em alguns aspectos.

Primeiro, o background da trama que se revela ser a principal. No filme, um grupo de lobisomens trama a criação de um híbrido entre as duas raças que, com jogadas políticas por baixo dos panos deve trazer a paz entre as duas espécies, não sendo esta pelos acordos, pela força que estes novos híbridos teriam. Tudo isso é planejado pelo lobisomem Lucius, que teve nos primórdios da batalha entre as duas raças um 'desentendimento' com o ancião vampiro Viktor. Se apaixou pela filha dele, e esta carregava uma criança, filha desse amor entre lobisomen e vampiro, em seu ventre, até que seu pai descobriu e a executou, nao aceitando sua uniao com um animal sujo (como os vapiros consideram os lobisomens) muito menos a 'aberração' que carregava dentro de si. Ótimo, temos aí uma bela espinha dorsal para a trama.

Agora, a falha: os lobisomens tentavam criar o híbrido unindo o sangue de suas espécies. Como até em nível celular as duas espécies se atacavam, eles precisavam de uma amostra pura, precisavam do sangue do descendente de Alexander Corvinus, o primeiro imortal, que teve 3 filhos: um mordido por lobo, outro por morcego, e um condenado a viver sob a forma mortal e caminhar entre os homens. O descendente desse terceiro devia ser encontrado, na esperança de carregar o potencial da imortalidade do descendente de Alexander, mas sem o contato com alguma das duas especies. OK.

Bom, tendo em conhecimento esses fatos, podemos dizer que um híbrido entre as duas espécies poderia ser criado de duas maneiras: do amor entre um lobisomem e um vampiro (nao necessariamente amor: poderia-se capturar um espécime vampiro e cruzar com um lobisomem, seja artificialmente, seja forçadamente), ou pela injeção de sangue de vampiro e lobisomem no descendente de 14 séculos (e incontaveis gerações) Alexander Corvinus, ainda esperando-se que ele carregasse a tal característica. E que maneira eles escolhem? Claro, a segunda.

Outra coisa que me deixou um tanto foi a luta principal do filme, entre o vampiro Viktor e o descendente de Corvinus, Michael Corvin. Ela é rápida, mal produzida, mal coreografada, como se eles estivessem com a verba curta na hora da produção da luta.
Poderia citar mais alguns defeitos no filme, mas acho que esses já são suficientes.
Não preciso dizer que o filme não teve uma bilheteria que valesse a pena, não teve grande projeção mundial e tudo o mais.

'Mas porque diabos você assistiu esse filme então?', alguns poderiam perguntar. Bom, primeiramente, apesar das falhas, eu o considero um bom filme. Boa ação, boa história, boa fotografia. E o principal: Kate Beckinsale.
Essa maravilhosa atriz britânica, que é mais famosa pelo papel de Anna em Van Helsing, faz todo e qualquer filme valer a pena. Se normalmente ela já é estonteante, o que você me diz dela em trajes de couro preto apertadíssimos, carregando uma Glock e atirando em lobismens? OMG! Nas cenas em que ela aparece você precisa fazer um belo esforço pra se concetrar na ação ou no diálogo e não nas belas feições da atriz.

Fica aí a dica pra assistir um filme mediano, com um tema bom e uma atriz absurdamente maravilhosa.











Em breve, top10 gostosas, no primeiro post interautores e outros! Até!

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Felicidades!


"-Em que faculdade você passou?"


Boa sorte aos futuros cientistas e profissionais!

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Estou chocado...

Brasileiata, bacharel em direito, 26 anos, grávida de gêmeos foi espancada, torturada e cortada em Dubendrof, cidade perto de Zurique, Suiça.
Não falarei mais... Bem, 'me mandaram' colocar uma imagens algumas vezes para quebrar a monotonia do texto. É, hoje, eu deixo para vocês, cientistas, três imagens:


A mulher perdeu os bebês.
SPV são as siglas do partido suiço que mantem uma ala conservadora e nacionalista.
Identificada quado saía do transporte público, pois falava ao celular em português com o pai.
A polícia suiça trata com pouco caso jornalistas e diplomatas que vão até ela pedir informações e ajuda.
Não sei o que fazer... Estou paralisado pela violência...

domingo, 8 de fevereiro de 2009

God likes Atheists better

Nas minhas andanças pela net, me deparo com essa tirinha genial, muito apropriada pra introduzir o assunto do ateísmo no blog, que com certeza será abordado por mais posts por minha parte e pelo trilobita.

Clique pra ampliar.



quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Trocado pela loucura.

Cientistas, hoje, procuro ajuda...

Sei que o trabalho dos blogs é mostrar e não, geralmente, pedir ajuda, mas o Nada (motivo do blog) inclui, pelo jeito, ajuda...

Então, hoje, como eu disse no título fui trocado. Vou quebrar o decoro e falar em termos limpos. Sabe quando você acompanha uma grade trajetória de uma das poucas pessoas que você PODE chamar de amigo, e no final, quando tudo aquilo que você acompanhou, tudo aquilo que você quase tomou para seu, em nome da amizade, chega ao fim, o que você espera?

Uma comemoração com AMIGOS?

Não. Claro que não.

Por que nesse momento se importar com AMIGOS? Temos OS CARAS pra fazer a festa, comemorar!

De que diabos servem os AMIGOS? Aqueles que te apoiaram nos bons e maus momentos, de que servem estes?

Para nada, CLARO!

OS CARAS são muito melhores, sabem, por mais absurdo que isso pareça, a hora da amizade, ao contrário dos amigos que simplesmente não sabe hora, para este último, tudo são horas. Uma pena que seja do tipo AMIGO e não do tipo OS CARAS.

Vendo toda essa calamidade, só posso apostar na loucura – provocada pelo álcool – e pensar na calmaria da minha casa: fui trocado pela loucura e não pelos OS CARAS.

Ah! Parabéns pelas realizações, meus amigos!

Obrigado aOS CARAS por me deixar revoltado, sem vocês nada disso seria possível! Valeu mesmo! Admiro a falsidade e o oportunismo de vocês, coisa rara...

Nem posso deixar de lembrar aqueles com sensibilidade suficiente para NÃO perceber tudo isso, você são quase tão bons quanto OS CARAS! Um dia vocês chegam lá, boto fé.

Ufa!

Espero resposta...

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Casos Curiosíssimos.

Cientistas, nem sei por onde começar... Desculpe-me a falta de método... Por ordem de tempo talvez deixe as coisas menos obscuras.

Nessa última sexta tive a enorme felicidade de assistir ao filme O Curioso Caso de Benjamin Button (The Curious Case of Benjamin Button, 2008), que para desgosto dos pobres espíritos, faz-se justiça ao indicá-lo para 13 categorias na 81º edição do Oscar da Academia.

Ainda na sala de cinema, eu, de ego muito cheiro, comecei a escutar uns gemidos, uns barulhos sem tipo, o que já me bastaram para acionar o gatilho da curiosidade para descobrir de que diabo de lugar vinha aquele barulho e, claro, chamar a atenção da pessoa que atrabalhava meu filme. Não podia ser outra coisa, foi ali, duas poltronas à esquerda, um homem feito chorava emocionado pelo filme. Fique atônito, paralizado, não fiz nada, além de registrar mentalmnte aquela segunda cena fora da tela, um ser humano emocionado.

O filme que nos coloca para pensar em tantas coisas - morte, velhice, preconceitos, paixões, aprendizagem, valor da imagem -, que, na verdade, reflete uma característica dos bons filmes e textos, são passiveis de várias interpretações, fico, assim, autorizado a escolher uma via para refletir: o romance de pessoas ‘com idades muitos distantes’, claro, que de um modo muito particular isso é mostrado no filme, pois a personagem de Brad Pitt possui, como todos já devem saber, um jeito todo especial de envelhecer.

A Psicologia pode nos apresentar vários modelos para explicar esse tipo de relação confrontando: maturidade com imaturidade; caráter doentio ou mal caratismo e ingenuidade; sobrevivência da espécie e desenvolvimento dos órgãos sexuais, ou paixão; amor a primeira vista; casamentos arranjados e, por que não, tudo junto. A Psicologia é mestra em nos enrolar, mais que a História. Ah! E como isso nos alivia, para tudo ela nos apresenta uma resposta sensatíssima e digna da capa de revista semanal.

E então...

Do bastião do conhecimento brasileiro, a catedral de ciência sub Equador, a USP! Para nos dar, dar a nós, aos mortais , poucas palavras de sabedoria!

Acompanhe o caso:

Quando perguntado pelo jornalista (que são os pregadores do papado da USP) sobre o relacionamento de pessoas de idades muito distintas – um velho e um novo – o doutor em Psicologia pela USP, Ailton Amélio da Silva, diz:

“Como a mulher passa pela menopausa chegará um momento em que não poderá oferecer descendentes. Isso explica o porquê de uma procura por sinais de juventude, o que é bem diferente de buscar sinais de infantilidade! O ápice da juventude feminina representa os 24 anos.

“Além disso, pesquisas mostram que quanto mais atrasada uma cultura, maior é a diferença de idade entre os cônjuges. Na África, a diferença média chega a nove anos e na Europa é quase zero. Para o Brasil são estimulados três anos”

Para apimentar mais a conversa um caso ilustrava a reportagem: Mallu Magalhães, 16 e Marcelo Camelo, 30.

Conclusões que a USP me permite chegar: Marcelo Camelo é doente, pois procura uma parceira imatura ou é mais que africano, é um NEANDERTAL.

UFA! Sorte que inventaram a terceira via! Sempre vou nela!

Conclusão da terceira via: A USP forma doutores em psicologia de péssima qualidade!



Ah... USP, parabéns pelos 75 anos


Ps1: Falar mal de jornalista fica para um próximo post.

Ps2: O jornal que falo é o Jornal da Cidade, Bauru, domingo, 25/01/2009.

Ps3: E olhe que eu nem gosto do Marcelo Camelo e nem da Mallu Magalhães.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Discussões metodológicas acerca da ficção: A Força.

Inauguro com esse post uma série com objetivo de discutir e expor idéias, hipóteses e opiniões sobre diversos bastiões da ficção científica, respeitando-se a metodologia científica nesse processo (ou nem tanto...), inspirado por um glorioso episódio de The Big Bang Theory em que eles discutem à exaustão como o Superman faria pra lavar sua roupa se ele suasse, passando por afirmações de que nada na terra o faria suar, até a hipótese de ele se miniaturizar, ir pra Kandor (a cidade kriptoniana em miniatura), fazer uma sessão de pilates e voltar pra terra suado, terminando com um enérgico 'ah, nao da pra conversar sério com o Sheldon!' por parte de Wolowitz.

E que assunto pra melhor inaugurar essa série que a Força? Comecemos expondo o que sabe-se da Força, segundo o que foi dito ao longo da dupla trilogia de Star Wars:

A Força é uma entidade que está presente em todos os seres viventes no universo. Sua interação com esses seres vivos é exercida por microorganismos chamados midi-chlorians, presentes em todas as células de todos os seres vivos, em concentrações distintas. Assume-se que um Jedi tem uma concentração maior de midi-chlorians que pessoas comuns (segundo o dito pelo jovem obi-wan Kenobi no Episódio I: Ameaça Fantasma, em que ele analisa uma amostra do pequeno Anakin Skywalker e descobre que ele possui mais midi-chlorians que o próprio mestre Yoda), e que eles aprendem, através de rigoroso treinamento e disciplina a ouvir e coordenar essas midi-chlorians. Atribui-se à Força diversos poderes característicos de um Jedi, o qual vamos enumerar aqui:

1- Telecinese. Aqui nessa categoria incluem-se todos os efeitos físicos da força sobre a matéria, pelo mero pensamento: empurrar ou puxar pessoas e objetos, aumentar sua capacidade num pulo ou numa corrida (habilidade controversa: também pode-se considerar que os midi-chlorians aumentem a performance celular para tornar possivel tais movimentos), levitação, enforcar etc.

2- Visão do passado, do presente ou do futuro. Os Jedi são capazes de vislumbrar aconteceimentos passados, saber o que acontece em outros lugares no momento presente e até mesmo saber de acontecimentos futuros. É uma habilidade um tanto quanto instável para os nao tao treinados (como quando Luke vê seus amigos em perigo na cidade das nuvens, no episódio V), mas parte essencial do combate Jedi, em que a capacidade de prever os movimentos de um oponente determina vida ou morte.

3- Habilidades Sensoriais Genéricas: o famoso 'I have bad feeling about this' e o 'I feel a disturbance in the Force'. Aparentemente, um Jedi pode sentir outros Jedi e criaturas, cada uma com uma 'assinatura' diferente, parecido com a capacidade dos personagens do Dragon Ball de sentir o ki alheio. Como exemplos podemos citar o Obi-wan percebendo a destruição de Alderaan no episódio IV e o mestre Yoda sentindo o assassinato dos Jedi no episódio VI.

Bom... isso é tudo que consigo pensar agora, com certeza tem mais coisa que eu deixei passar, fora que a descrição foi bem superficial. Mas acho que ja é o suficiente pra começar a exposição de idéias por aqui. Como eu estou com muita preguiça de elaborar uma nova teoria, vou colocar trechos de um texto do Kentaro Mori, colunista do Sedentário & Hiperativo e do blog Ceticismo Aberto, que sintetiza bem uma teoria: Por que diabos os Jedi, nem cenário faantástico e Futurista, usam SABRES? (tudo bem, são sabres de LUZ, mas continuam sendo uma arma melee). Ao final do texto faço algumas complementações.

"Os Jedi usam espadas porque foram inspirados em samurais, porém entrando de cabeça na lógica do universo de Star Wars podemos encontrar uma razão muito interessante para que cavaleiros Jedi usem espadas ao invés de armas de fogo. Essa razão também explicaria como eles conseguem se desviar ou até rebater tiros de laser que viajam à velocidade luz.

Tudo isto ocorre porque os cavaleiros Jedi têm a capacidade de prever o futuro. Como podem prever o futuro, podem se desviar de tiros antes mesmo que eles sejam disparados, o que lhes dá tempo para calcular uma seqüência de movimentos que permita o desvio de diversos disparos.

Entender como a precognição torna o uso de espadas algo inevitável é um pouco mais complicado. Imagine que você queira matar um Jedi que, lembrando, pode prever o futuro. Como sabemos, atirar nele não seria muito eficaz já que ele saberá quando e onde o tiro será dado, e assim poderá se esquivar ou evitar a emboscada. Mesmo emboscadas elaboradas tornam-se algo um tanto difícil já que embora a precognição Jedi não seja perfeita, é razoavelmente capaz de deixá-lo alerta quanto a alguma ação ofensiva. Matar alguém que pode prever o futuro não é algo muito fácil.

Não seria impossível matar um Jedi através de uma emboscada. Usar a temida Estrela da Morte e explodir um planeta inteiro pode acabar dando conta do recado -- "de repente sinto uma perturbação na Força". Mas se isso pode dar conta de um Jedi, fica claro que seria pouco prático fazer o mesmo em relação a centenas de cavaleiros espalhados por diversos planetas pela Galáxia. Fica a pergunta mórbida: qual a melhor forma de matar Jedis?

Você deve ter adivinhado: usando espadas, através de um combate corpo a corpo. Se o primeiro golpe que dermos pode ser previsto pelo nobre Jedi, o segundo golpe dependerá da reação dele, e assim sucessivamente. Um combate corpo-a-corpo, em que nossos ataques e defesas dependam diretamente dos ataques e defesas do oponente tornam a precognição praticamente inútil. Ela deixa de desempenhar um papel crucial para dar lugar à habilidade dos combatentes: quem for mais ágil e perspicaz eventualmente sucederá em vencer o oponente, por mais que este possa prever o futuro. É incrível, mas a 'simples' capacidade de prever o futuro, nem que seja o futuro imediato, torna obsoleta toda a lógica de combate que conhecemos e nos leva de volta à época feudal, onde a habilidade do guerreiro é o elemento mais importante em um combate. Na lógica Jedi onde a precognição é possível, armas brancas combinadas à habilidade são muito mais importantes que armas de fogo."

Mas como então vários Jedis foram mortos por armas de fogo em Geonosis na arena, ou como os Clone Troopers conseguiram matar quase todos eles, também com armas de fogo, quando foi dada a ordem, voce poderia perguntar. Bem, de nada adianta você conhecer o futuro próximo se você não possui a habilidade suficiente pra evitá-lo (no caso, defletir dezenas de tiros por segundo, completamente cercado, mas ainda passivel de ser evitado com a habilidade adequada), ele for virtualmente inevitável, num cenário em que o desfecho, para todos os cursos de ação, for a morte ou se voce nao fizer o julgamento correto da situação rapido o suficiente.

Também aproveito pra apresentar mais uma teoria em relação à Força. A luta de sabres pra um Jedi, ao meu ver, é igual uma partida de Xadrez: quem conseguir ver mais movimentos à frente tem a vantagem e possivelmente a vitória. Mas, se fosse assim, o Jedi com a maior capacidade preditiva venceria a batalha na maioria das vezes, minimizando a importância da habilidade com o sabre, o que me remete a uma luta num episódio de Yuyu Hakusho: o Yusuke encontra um oni fraco, perto dele, mas com a habilidade de ler a mente, e portanto, saber a intenção do adversário. E na hora da luta, ele olhava para o Yusuke, e tudo o que via era 'vou correr até ele e dar um soco frontal'. Confiante,
esperou o ataque de Yusuke. No entanto, a diferença de poder era tao grande que, mesmo sabendo o que ele ia fazer, nada pode fazer para evitar. Por isso, acredito que uma luta ocorra sempre em 2 planos: a luta fisica dos sabres e um embate metal envolvendo a Força no qual um lutador tenta ofuscar o julgamento do adversário, procurando aumentar suas chances de conseguir o upper hand' na luta.

Resumindo: de nada adianta você saber o movimento do seu adversário se voce nao sabe o que fazer contra ele, e de nada adianta voce ser o melhor lutador se o adversário sabe o que você vai fazer. O sucesso, num duelo Jedi, envolve sua habilidade com o sabre assim como sua capacidade de saber o movimento do adversário assim como ofuscar o julgamento dele.

Ai ai, foi nerdisse demais pra um post só.

Até a próxima!





----------------
Now playing: Terra Celta - In Heaven There is no Beer (NO BEER!!!)
via FoxyTunes