sábado, 31 de julho de 2010

That's what happens when you quit the drugs

Hoje, trombei com isso:


Não é novidade que músicos nao-clássicos se associem com orquestras para fins comerciais. Principalmente quando sao artistas de grande sucesso em seu meio, essas iniciativas são uma boa jogada comercial. O exemplo mais antigo que posso citar é de Ray Charles, gênio do R&B, blues e jazz (nunca se prendeu a um estilo), que em 1960 gravou Georgia on my mind, de Hoagy Charmichael e Stuart Gorrell acompanhado por uma orquestra. Foi tão popular que a musica se tornou o hino daquele estado.

Dinheiro e putaria à parte, quando vi esse vídeo do Serj, me escorreu uma lágrima pelo canto do olho direito. Nao apenas pelo extra de beleza e peso impressos à sua música que em si já é genial, mas pelo contexto todo em si. Ver ele se concentrado na musica, cantando impecavelmente e convidando a platéia para acompanhá-lo foi muito bonito. Considerando ainda que nos tempos de system of a down, apesar de seus shows e musicas geniais, nao era incomum vê-lo errando a letra das próprias músicas, fazendo uns falsetes e vozes fanhas que ficavam um tanto estranhas, o vídeo fica ainda melhor.

Espero que tenham aproveitado esse breve post! Até!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Popper e a Filosofia da Ciência

Fazia tempos que estava procurando algo sobre Karl Popper, desde que ele me foi muito mal apresentado em disciplina ministrada por professor "criancionista". Enfim achei:

http://bulevoador.haaan.com/2010/03/21/karl-popper-e-a-filosofia-da-ciencia/

Créditos ao Bule Voador.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Filho de Pátria.

Augusto, era um homem de orgulho. Sabia muito de muita coisa. Vivia a desfilar, pela praça da cidade, seu garbo e elegância.
Certa vez o perguntaram: 'Augusto, você é autônomo?' eis que respondeu: 'Sou, ando com minhas próprias pernas'.
Porém, poucos sabiam o seu mais íntimo segredo, como ela fazia para ser assim, tão sábio e douto sem nunca ter estudado? A verdade é que Augusto, não usava cobertas em sua cama, usava jornais, e até o sono cerrar seus olhos ficava lendo as notícias, lia elas todos.
Tem grande espírito esse homem. Vale a pena conversar com ele, assim, para a utilidade pública deixo aqui seu endereço:
Praça da Independência, s/n, entre a entrada principal e a lateral da Igreja, divide a casa com mais dois moradores, que também vivem a esmolar pelas ruas.

sábado, 24 de julho de 2010

Buona Fortuna!

Boa noite, caros leitores!

Hoje estou aqui com a intenção de contar uma história curiosa, que me aconteceu ontem, que me fez pensar um pouco na vida.

Estava num conhecido e muitíssimo bem frequentado bar da região, conversando em italiano com outros 2 amigos meus, ao melhor estilo family guy (papapira popara!) quando avisto de longe uma figura que aparentava ser um velho amigo meu, que há tempos nao via. Digo aparentava pois o tinha na memória como um rapaz forte, bem construído, boa pinta e com uma ótima postura; a imagem que eu vi ontem se apresentava magricela, pálida, com olheiras e um ar cansado.

Logo feito o reconhecimento, chego para colocar em dia a conversa. Após um tempo, comento que ele parecia estar um tanto quanto magro e desanimado. Logo vem um sorriso de satisfação pessoal e ele me conta o motivo de sua decrépita aparencia:

ele mantinha uma amizade virtual com uma moça mui bem apessoada há tempos. Um dia entao essa moça bate à porta de sua casa, de surpresa. foi muito bem recebida, com certeza. Tao bem recebida que nao quis ir embora por 23 dias contados. E ele me disse que, durante esses 23 dias, ele pode contar nos dedos de uma mão o tempo, em horas, que passou vestido da cintura pra baixo. Também, viveu apenas de vodka, yogurte e granola por todo esse tempo. Nao é a toa que perdeu 3 kilogramas e o bronzeado.

E é essa a intenção do meu post: quando a fortuna ri para você, pode assim nao parecer para os transeuntes. Uma lição que eu vou levar para o resto da vida, e espero que vocês também carreguem a partir de agora.

sábado, 17 de julho de 2010

Causos da serra da mantiqueira: o mui douto professor médico

O mui douto professor médico.**

Muitos anos atrás, numa roça em Luminosa, morava um doutor. Muito bom, diziam: estudou na europa, e curava de tudo, de gripe à tuberculose. Mas bebia muito.

Certo dia, uma mãe aflita, com o filho ardendo em febre no leito, mandou chamar o tal doutor. Chegou, solícito como sempre. Examinou a criança dos pés a cabeça, e depois de refletir um pouco tirou um frasco âmbar da mala, deu à mae e disse que desse à criança 5 gotas, 3 vezes ao dia, no café da manha, no almoço e antes de dormir.

Uma semana depois, o pai mandou chamar o médico para o avisar que o garoto estava bem: corado, forte e hiperativo, como toda criança há de ser. Decidiu então levar o médico ao bolicho, espécie de armazém/bar daqueles tempos, para comemorar a cura.

Após três quartos de dúzia de copos da melhor caninha de Luminosa vazios, volta o médico para casa. Entra, tira as botas sujas de barro na cozinha, entra no quarto, acende luz, tira as ceroulas e deita na cama.

Nao sabemos se foi obra da cachaça, da pura preguiça ou uma mistura bem equilibrada entre os dois o que se sucedeu: o médico, deitado em meio a seus devaneios é tomado por um sono irresistível, mas profundamente incomodado pelo filamento da lampada de 40 velas que ardia no teto de seu quarto. Olha para o interruptor, um botão preso a um fio, perto da porta. Olha então para o lado, e vê uma garrucha encostada na cabeceira da cama, ao alcance da mão, cujos dois canos havia carregado com cartuchos novos pela manhã antes de sair de casa. Nao pensa duas vezes: pega a garrucha e atira na lampada. Dorme então o sono dos justos.





** Com esse post procuro expor ao mundo uma série de causos ouvidos pelo autor de nobres anciãos residentes de uma pequena cidade, pouco além dos domínios da serra da mantiqueira na fronteira entre São Paulo e Minas Gerais. Algumas serão engraçadas, outras trágicas, mas todas carregam aquele peso de história verdadeira, aquele ar de boteco, duas doses de cachaça e muita experiência. Para todos os efeitos, imaginem um senhor na casa dos 70, quase 80 anos contando essas histórias, todas presumidamente verídicas. Espero que tenham aproveitado.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Cântico Negro, de José Régio

"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?

Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!

sábado, 10 de julho de 2010

Melhor tópico da noite: Lima Barreto.

Afonso Henrique de Lima Barreto, assim era seu nome completo, nome completo de Lima, um “mulataço” que andava com a barba por fazer, sujo e mal vestido, concentrado sempre no próximo passo, como que em uma luta incessante contra o cambaleio. Vermelho, diziam ainda, de álcool ou de febre, não sabiam diferenciar. Contraste não parece? Um literato, escritor que hoje figura como um dos grandes nomes da literatura brasileira, aparecer assim, largado.


Lima Barreto nasceu ainda sob a autoridade do Império, no Rio de Janeiro em 1881, no dia 13 de maio, para morrer na mesma cidade no ano de 1922, faltando apenas oito anos para o fim de nosso primeiro período republicano. Morreu cedo, é verdade, passando pouco dos quarenta anos, vivendo bem trinta anos nesse Brasil da Primeira República.


Uma de suas principais obras é o conto “O Homem que sabia javanês”. Lá, Lima nós conta uma conversa na confeitaria, regrada a cerveja, entre dois amigos, um deles, chamava-se Castelo, um cônsul brasileiro.


Castelo é um picareta e bacharel, andava pregando golpes e fazendo dívidas de pensão em pensão, até que sua sorte mudou. Em um dia viu no jornal um anúncio que se procurava um professor de javanês, viu ai uma boa oportunidade de fazer dinheiro. Quem saberia tal língua? Poucos, para não dizer ninguém. Dominando o mundo das aparências Castelo se apresenta como professor, munido de conhecimentos elementares sobre essa língua e muitas curiosidades sobre Java, acaba por iludir o barão que tinha publicado o anúncio. Cai nas graças do barão que por sua “destreza” no javanês indica-o ao consulado, lá ainda fingindo saber a língua faz carreira e vive as custas do estado para fazer algo que não sabe, enganando aqueles que acham que o saber mais vale pela estética que pelo conhecimento.


O pequeno conto vale ser lido, pois se Lima Barreto recebeu muitas críticas pelo seu pouco “refinamento artístico” quando publicou seu primeiro livro, nesse conto o talento transborda ao final de cada linha. Lima ao apresentar a personagem Castelo – o nome já é por si só revelador – busca atingir o mundo formado no funcionalismo público da Primeira República e o seu representante é justamente um homem deplorável, Castelo, se fosse real, seria uma vergonha para escola diplomática brasileira.


A crítica de Lima Barreto penetra fundo, vai desde as nomeação de cargos até o a qualidade da gente que esse “novo Brasil” tenta fazer nascer.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

A melhor frase do dia de ontem.

- O Povo.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Penalidade máxima.

Não é segredo para ninguém que eu simplesmente não gosto de futebol, mas é inegável que o esporte mais popular do planeta é um dos principais assuntos na grande mídia, tudo que acontece, dentro ou fora de campo, com os "guerreiros" da bola vira notícia, propaganda e dinheiro.
Ultimamente, no entanto, jogadores (destaque para os representantes da maior torcida do mundo) vêm aparecendo nas páginas policiais com uma freqüência alarmante. Dizem por aí que tem malandro que fica tanto tempo em cana que só torce para o time da cadeia, se a moda do pessoal da Gávea pega, logo a malandragem vai estar gritando "é campeão" e deixando os principais clubes no chinelo.
De quem será que é o passe desses camaradas? Se fosse meu eu estaria preocupado...


Daqui a pouco os rubro-negros vão ter que jogar de uniforme alvinegro:


Post Scriptum: As imagens usadas nesse post são meramente ilustrativas. Para provar que esse humilde que vos escreve nada tem de pessoal contra os atletas que aparecem nas fotos, aí vai uma que demonstra como esses heróis podem ser exemplos para os pequerruchos...

ou não.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

A melhor frase do dia de ontem.

"Tem vodca, quer?"
-O cara que depois de um tempo estava me segurando para não pular na piscina preta de sujeira.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Oi.

Oi. Com licença. Posso me sentar?
Gostaria de me apresentar. Sou um reles proletário , estudante solitário e alcólatra em potencial.Quanto às minhas convicções político-filosóficas (se é que isso interessa a alguém), sou ateu, eclético e libertário. Quero usar esse espaço para expressar todo meu descontentamento com o establishment da civilização judaico-cristã-ocidental, explicitar a imundice do que ousamos chamar de sociedade, para elogiar as curvas da gostosa da vez e, principalmente, para escrever de forma desnecessariamente prolixa.
Meu apelido anterior significava" intenção de ajudar". A possibilidade de eu vir realmente a ajudar,
como o eventual desocupado que perde o seu tempo comigo já deve ter percebido,
é bastante remota - uma vez que eu demonstro habilidades em redação um pouco acima do analfabetismo funcional e minhas idéias são um tanto caóticas. Então resolvi mudar de nome para iniciar minha participação no blog, muito depois do convite (sorry fellow bloggers), com um nickname mais apropriado. Sei que ninguém espera pérolas de sabedoria num estilo cativante e original, vou acabar só comentanto textos de quem escreve melhor do que eu e usando excessivamente o "Ctrl+C + Ctrl+V", por isso daqui em diante atendo pela alcunha de Post Scriptum. Obrigado.