sexta-feira, 30 de julho de 2010

Popper e a Filosofia da Ciência

Fazia tempos que estava procurando algo sobre Karl Popper, desde que ele me foi muito mal apresentado em disciplina ministrada por professor "criancionista". Enfim achei:

http://bulevoador.haaan.com/2010/03/21/karl-popper-e-a-filosofia-da-ciencia/

Créditos ao Bule Voador.

6 comentários:

Anônimo disse...

Mas e a matemática?

CassiO disse...

Não entendi a dúvida, quer saber como é considerada a matemática sobre a visão do Popper?

"Os enunciados da matemática e da lógica não são falseáveis e por isso são não empíricos. O mesmo se dá com os enunciados da metafísica e da teologia: embora se perguntem sobre o mundo, não são falseáveis e por isso são não empíricos. E Popper vai mais além: todos os enunciados empíricos são hipotéticos, inclusive os enunciados singulares. Reconhece porém que às vezes os cientistas formulam suas teorias, que deveriam ser empíricas e portanto seus enunciados falseáveis, de forma metafísica, isto é, tornando-as imunes do falseamento, protegendo-as como inúmeros escudos para pô-las a salvo de testes perigosos que poderiam comprometê-las completamente."

Retirei do seguinte link:
http://cynthia_m_lima.sites.uol.com.br/pokuhn.htm

Muito interessante também a forma como Kuhn aborda o tema "com os pés no chão".

você sabe quem disse...

o problema é que "Um dragão com essas características e nenhum dragão são a mesma coisa, para todos os efeitos práticos." Algo infalseável nao é científico, mas nao deixa necessariamente de ser verdade. Precisamos de certezas, ou pelo menos de convicções, para aceitarmos tal coisa. Como dizer que deus nao existe, se o consideramos infalseável? Vamos dizer então que deus nao é científico? Ora, os próprios cristãos dizem que deus nao é científico. Se a nao existencia cientifica e a nao existencia em absoluto são, em termos práticos a mesma coisa, nao podemos como cientistas dizer que deus nao existe, de acordo com o autor. E deus nao existe! Com exceção dessa parte, achei o texto muito interessante.

Copia disse...

Ow!
A coisa ficou boa e eu nem participei ainda!
Realmente a inclusão de Popper e Kuhn nas discussões são muito ricas, porém o que ainda me causa desconforto é que parece que essa retórica da verdadeira Ciência está sendo usada como um discurso de poder. Um modo de construir sujeitos diferenciados, modernos e capazes que resolvem tudo, deixando as coisas do mundo escravas do método, e claro que o método se personifica nos cientistas.
Resumo: "Sigam-me os bons,eu tenho a tocha do conhecimento, o resto, que morra ou fique nas trevas."

der praktischer disse...

Muito pelo contrário camarada, o texto acabou sendo um tratado das limitações e humildade da ciencia. Ciencia só é ciencia enquanto for, nos termos de popper, falseável. Nao adianta criar um conhecimento acerca de um feomeno natural a partir de observação e experimentação se, após esses passos esse conhecimento se tornar cristalizado. Pode e deve ser posto à prova, para que a regra deduzida dessa maneira se faça realmente válida, ou seja reformulada com o fim de representar a realidade, até onde se sabe.

CassiO disse...

Por isso que eu reforcei a parada do Kuhn. Ao meu ver, ele mostra como a ciência é passível de falha, sendo uma atividade humana como qualquer outra e submetida aos meus entraves que toda atividade exercida por nós, sejam eles causados pelo contexto onde o pesquisador está inserido ou mesmo por sua própria moral.

Vejam o filme sobre Darwin, "Criação", desse ano. Embora peque em alguns aspectos históricos, ele ilustra muito bem como o contexto sócio-político e principalmente, no caso de Darwin, o contexto pessoal e psicológico, influenciam na produção científica.